Dona de marcas de vestuário e calçados como Timberland e Vans, a VF Corporation afirmou ao G1 que não vai mais comprar couro do Brasil.
Segundo a companhia, a medida vale “até que haja a segurança” de que os materiais usados em seus produtos “não contribuam para o dano ambiental no país”.
A empresa, com sede nos Estados Unidos, disse que a decisão resulta de estudos que foram aprimorados a partir de 2017 para garantir que os fornecedores estejam de acordo com seus requisitos. No entanto, não foi detalhado por que o material brasileiro não atende a essas regras e nem desde quando a medida está em vigor.
O assunto veio à tona após o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), que representa as empresas produtoras, escrever uma carta aberta dirigida ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na última terça-feira.
No informe, o CICB disse ter sido comunicado da suspensão de compras de couro por importadores. Além disso, informou que o cancelamento “foi justificado em função de notícias relacionando queimadas na região amazônica ao agronegócio do país”.
A entidade citou como exemplos 18 marcas internacionais que “solicitaram suspensão de compras de couro” do Brasil: Timberland, Vans, Kipling, JanSport, The North Face, Dickies, Kodiak, Terra, Walls, Workrite, Eagle Creek, Eastpack, Napapijri, Bulwark, Altra, Icebreaker, Smartwoll e Horace Small. Todas elas pertencem ao grupo VF.
Porém, na quarta-feira, quando a carta repercutiu, o CICB negou que as marcas tivessem suspendido negócios com o Brasil.
Em nota, a associação disse que elas tinham dado um “indicativo de suspensão de pedidos” que “não se confirmou”, e que o fornecimento e exportações continuavam “normais”.
Após receber a nota da CICB, o G1 entrou em contato com o escritório de comunicação da VF, que fica na Suíça.
Fonte: Valor Econômico.