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Dólar vai a R$ 1,77 e Ibovespa perde 4,5%

Ontem, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) perdeu 4,5%, terceira maior queda de 2008 e o dólar subiu 2,07%, para R$ 1,772, valor mais alto desde 30 de janeiro deste ano. Entre 20 de maio, quando atingiu a pontuação máxima, e ontem, o Ibovespa caiu 34%. A moeda americana avançou mais de 13% ante a brasileira desde a menor cotação dos últimos anos, no dia 31 de julho deste ano (R$ 1,562).

A onda de pânico que varre o mercado financeiro global fez novos estragos no Brasil ontem. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) perdeu 4,5%, terceira maior queda de 2008. O dólar subiu 2,07%, para R$ 1,772, valor mais alto desde 30 de janeiro deste ano. Entre 20 de maio, quando atingiu a pontuação máxima, e ontem, o Ibovespa caiu 34%. A moeda americana avançou mais de 13% ante a brasileira desde a menor cotação dos últimos anos, no dia 31 de julho deste ano (R$ 1,562).

No exterior, o otimismo provocado pelo socorro do governo americano às agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac foi substituído por um sentimento que muitos analistas classificaram de realismo. Segundo essa avaliação, as perspectivas para a economia global são as piores desde o início da década. Se já não bastasse o pessimismo com a situação macroeconômica mundial, voltou o temor em relação à saúde do banco de investimentos americano Lehman Brothers.

A expectativa de menor crescimento global em 2008 e 2009 castigou outra vez as principais commodities. O barril do petróleo negociado em Nova York caiu para o menor preço desde 1º de abril, cotado por US$ 103,26. Em Londres, o contrato para outubro chegou a ser vendido abaixo de US$ 100 pela primeira vez também, desde abril. No fechamento, valia US$ 100,34. Com isso, as ações preferenciais (PN) da Petrobrás perderam 6,27% e as ordinárias (ON), 6,63%.

O economista-chefe do BES Investimento, Jankiel Santos, explicou que muitas economias da Europa, além do Japão, já enfrentam retração. Nos EUA, a recuperação levará mais tempo do que se pensava. “Criou-se a percepção de que os emergentes não vão agüentar esse rojão”, afirmou.

Por isso, nas últimas semanas, os estrangeiros têm saído em massa do Brasil. Santos comentou que, recentemente, ouviu de um estrangeiro uma frase que sintetiza a situação. “Sei que os fundamentos econômicos do Brasil são bons, mas o fato é que meu fundo está sangrando e tenho de fazer caixa para enfrentar os saques dos clientes”, revelou.

Nas contas de Cristiano Souza, economista do Banco Real, o crescimento médio do mundo deve sair de 5% em 2007 para entre 3,5% e 4% neste ano e em 2009. Ontem, o vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, disse que a instituição projeta leve recuperação para 2009 – a expansão média global atingiria 4%, ante 3% neste ano.

Apesar do cenário nebuloso, a maioria dos analistas já vê exagero na correção das últimas semanas, sobretudo no câmbio. “Agora estamos no meio do pânico, mas, quando o tempo passar, os investidores verão que os emergentes crescem 6% ao ano e os desenvolvidos, 2%”, disse o economista-chefe da Gradual Corretora, Pedro Paulo Bartolomei da Silveira. “Aí os fundamentos vão pesar e as moedas dos emergentes deverão ganhar terreno.”

A matéria, de Leandro Modé, foi publicada no Jornal O Estado de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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