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Doha: caso do algodão pode favorecer negociações

A necessidade do governo americano negociar com o Brasil para evitar uma retaliação devido à concessão ilegal de subsídio a seus produtores de algodão pode ser benéfica para a retomada das negociações da Rodada Doha, de liberalização comercial. A avaliação foi feita no último sábado (17) pelo chanceler brasileiro, Celso Amorim, e pelo diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o francês Pascal Lamy.

A necessidade do governo americano negociar com o Brasil para evitar uma retaliação devido à concessão ilegal de subsídio a seus produtores de algodão pode ser benéfica para a retomada das negociações da Rodada Doha, de liberalização comercial. A avaliação foi feita no último sábado (17) pelo chanceler brasileiro, Celso Amorim, e pelo diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o francês Pascal Lamy.

Amorim tratou do assunto quando questionado se o Brasil trocaria o que ganhou no processo contra os EUA na OMC por um acordo melhor na Rodada Doha. Ele evitou relacionar diretamente os dois assuntos, mas reconheceu que o fato de os EUA estarem sendo obrigados a reduzir subsídios ajuda o processo da Rodada Doha. “Espero que a ficha caia.”

O ministro brasileiro esteve reunido no último sábado (17) com Lamy em Brasília. O francês concordou que a questão do algodão pode ajudar nas negociações de Doha. “É um passo na direção correta”, disse, referindo-se ao fato dos americanos serem obrigados a cortar os subsídios.

Amorim negou, porém, que o Brasil possa desistir de aplicar a retaliação, adiada no início do mês por 60 dias após o governo americano ter apresentado uma proposta concreta. “Não existe desistir [da retaliação]. Existe negociação. Eles [EUA] podem oferecer algo que se aproxime do cumprimento das exigências da OMC. É o que estamos tentando fazer.”

A matéria é de Humberto Medina, publicada no jornal Folha de S.Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.

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