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Doença Respiratória Bovina – Uma preocupação mundial

Doença Respiratória Bovina (DRB) é a principal enfermidade presente nos sistemas intensivos de criação e produção de bovinos em todo o mundo. Os dados norte-americanos mais recentes relatam um resultado de 75% de morbidade e 50% à 70% de mortalidade em confinamentos de gado de corte (Edwards, 1996; Galyean et al., 1999; Loneragan et al., 2001).

Introdução

Doença Respiratória Bovina (DRB) é a principal enfermidade presente nos sistemas intensivos de criação e produção de bovinos em todo o mundo. Os dados norte-americanos mais recentes relatam um resultado de 75% de morbidade e 50% à 70% de mortalidade em confinamentos de gado de corte (Edwards, 1996; Galyean et al., 1999; Loneragan et al., 2001).

Em pesquisa realizada em 2006 em confinamentos no estado do Kansas, EUA, Babcock et al. observaram uma tendência no aumento nas perdas por mortes de animais acometidos por DRB quando comparado a última década. Apesar das melhorias apresentadas em relação às vacinas e medicamentos, a mesma enfermidade liderou as causas de morbidade e mortalidade em outro estudo que analisou dados americanos de 561 confinamentos em 21 estados (Woolums et al., 2005).

No Brasil a literatura relativa à DRB ainda é inexpressiva, no entanto, um recente estudo realizado com nutricionistas brasileiros relatou que a doença é atualmente o principal desafio relacionado à saúde dentro dos nossos confinamentos, ficando a frente de problemas como acidose e laminite (Millen et al., 2009).

Os custos associados a tratamentos (remédios e mão-de-obra), mortalidade, e redução da eficiência alimentar, têm causado prejuízos acima de 750 milhões de dólares por ano à indústria pecuária americana (Chirase and Greene, 2001). Dependendo da severidade da doença, os animais acometidos podem receber de um até três tratamentos, o que irá influenciar diretamente o retorno econômico.

Neste sentido, Fulton et al., em experimento conduzido em 2002, relatou que animais que receberam 1, 2, ou 3 tratamentos retornaram respectivamente U$40.64, U$58.35, e U$291.93 a menos, quando comparados ao controle. No entanto, despesas com medicamentos representam apenas 21% na redução da receita dos confinadores norte-americanos, enquanto que 79% são atribuídos a redução no peso de carcaça, e ao baixo grau de marmoreio da mesma (Quality Grade). Gardner et al. (1999) observaram reduções no ganho de peso médio diário, peso corporal final, e peso de carcaça quente de 4, 1.7, e 2.6%, respectivamente, em animais tratados contra DRB.

Embora a DRB seja, em última análise, uma doença viral/bacteriana, ela deve ser encarada como um problema multifacetado, uma vez que possui inúmeras possíveis causas (origens), e diversos impactos na produção. DRB envolve a complexa interação entre agentes infecciosos, o ambiente, e o estresse (Galyean et al., 1999).

Sob um aspecto global, as práticas mercadológicas relacionadas à indústria de gado de corte estão diretamente relacionadas à promoção de estresse aos animais. Estresse devido ao desmame, a compra e venda, transporte, diferentes planos nutricionais, diferentes ambientes com novos indivíduos, histórico sanitário, entre outros. Todos estes citados são fatores que interagem com a exposição a agentes virais e bacterianos.

Concomitantemente, sabe-se que o estresse afeta negativamente o sistema imune, e em muitos casos isso ocorre em momentos que o gado está mais susceptível a agentes infecciosos, como na chegada ao confinamento, quando há mistura de animais de diferentes locais com distintos históricos sanitários. O consumo alimentar de animais estressados é menor (Galyean et al., 1995; Cole, 1996), e menor ingestão de nutrientes tende a aumentar o efeito negativo do estresse sobre a função imunológica.


Agentes causadores e sintomas relacionados à DRB
Como relatado anteriormente, DRB é uma enfermidade extremamente complexa, a qual envolve inúmeros fatores que podem se inter-relacionar em diferentes níveis de intensidade. Portanto, o presente artigo não objetiva apresentar uma profunda descrição a respeito dos agentes causadores, mas sim apontar aqueles constantemente associados à ocorrência da doença.

A doença é comumente iniciada por uma infecção viral primária e muitas vezes seguida por infecção pulmonar com organismos comensais do trato respiratório superior, resultando em pneumonia (Ackermann et al., 2010).

Dentre as espécies de bactérias comumente citadas, Pasteurella (Mannheimia) haemolytica, Pasteurella multocida, e Histophilus somni (antigamente Haemophilus sommus), são as mais preocupantes, sendo a Mannheimia haemolytica sorotipo 1 o organismo mais freqüentemente associado a DRB (Pandher et al., 1998). Os agentes virais associados a doenças do trato respiratório em confinamentos incluem rinotraqueíte infecciosa bovina (RIB), parainfluenza-3 (PI3), vírus da diarréia viral bovina (VDVB), vírus respiratório sincicial bovino (VRSB), e corona vírus entérico de bovinos (Plummer et al., 2004).

Os sintomas podem variar desde leves sinais clínicos até a morte (Griffin et al., 2010). Entretanto, DRB é freqüentemente identificada por meio de depressão, perda de apetite, corrimento nasal e ocular, letargia, dificuldades respiratórias, febre, ou qualquer combinação destes. Animais com temperatura retal igual ou acima de 39.7°C geralmente são considerados mórbidos e devem receber algum tipo de tratamento.

Fatores que afetam a incidência de DRB

Muitos são os fatores que podem afetar a incidência de DRB. Discutiremos aqueles considerados mais relevantes e de certa forma, mais aplicados ao sistema de produção brasileiro.

Pré-condicionamento

O pré-condicionamento é uma técnica interessante quando se pretende abater bovinos entre 12 e 14 meses (sistema super-precoce), pois garante que os animais sejam desmamados 30 à 45 dias antes do transporte e subseqüente entrada no confinamento, com programas profiláticos que incluem vacinações (clostridium e vacinas virais), tratamentos com anti-helmínticos, castração (dependendo do sistema de produção), descorna, e exposição a cochos (incluindo alimentos) e bebedouros semelhantes aos utilizados nas baias de confinamentos. Este procedimento tende a melhorar a saúde e o desempenho dos animais durante o confinamento, especialmente no período inicial (0 a 21 dias).

Dhuyvetter et al. (2005) sugeriu que bezerros desmamados 45 dias antes da entrada no confinamento retornaram U$14.00 a mais às fazendas de cria, comparado a venda de animais não pré-condicionados. Roeber et al. (2001) encontrou taxas de morbidade de 34.7, 36.7, e 77.3% e mortalidade de 1.1, 1.1, e 11.4% para bezerros que foram submetidos a dois diferentes programas de pré-condicionamento, comparados àqueles que não passaram por este procedimento.
Nos EUA o pré-condicionamento é visto por muitos produtores como uma alternativa extremamente benéfica para diminuir a morbidade e mortalidade em bezerros recém desmamados. No entanto, em uma pesquisa realizada pela USDA-APHIS, apenas 32.4% dos confinamentos entrevistados recebem informações a respeito dos animais recebidos.

No Brasil o sistema de produção de bovinos super-precoce ainda é pouco empregado, correspondendo a cerca de 1% do gado abatido em um ano. No entanto, é crescente o incentivo a este sistema através de pagamento diferenciado por animais com qualidade superior de carcaça, visando atender a demanda por este tipo de carne. Em algumas fazendas brasileiras é possível encontrar animais cruzados sendo enviados ao abate com idade entre 12 e 14 meses, pesando em torno de 17 arrobas, com excelente cobertura de gordura e considerável qualidade de carne.

A técnica de pré-condicionamento, se aplicada a estes sistemas, deve promover importantes benefícios relacionados à saúde do gado, com redução de prejuízos vinculados a DRB, e conseqüente incremento do desempenho desses animais no confinamento.

Vacinação e Tratamento

Nos EUA os principais programas de pré-condicionamento têm como parte integrante vacinações contra RIB, PI3, VDVB, VRSB, Clostridium, e Pasteurella (Mannheimia). O procedimento sugerido nestes programas é uma primeira vacinação ocorrendo entre duas à quatro semanas antes do desmame, para permitir ao sistema imune o desenvolvimento de uma resposta antes que os bezerros experimentem o estresse da separação das mães, com uma vacinação de reforço no desmame, promovendo um seguro adicional aos animais.

Para tratar os bovinos acometidos com DRB a grande maioria dos confinadores norte-americanos utiliza antibióticos, sendo que 40.5% dos animais doentes são tratados com antiinflamatórios não esteróides (ANE) em adição aos antibióticos (USDA, 2000b). Neste sentido, uma pesquisa tem sido conduzida na Universidade da Califórnia, campus de Davis, para testar o efeito do Meloxicam em adição a antibióticos no tratamento de DRB.

Meloxicam é um ANE, com propriedades antiinflamatórias, anti-exsudativa, anti-séptico, anti-pirético e analgésico. Vários estudos já indicaram que meloxicam em combinação com antibióticos pode ser um componente útil no tratamento de DRB, gerando uma normalização significativamente mais rápida do estado clínico e ainda uma diminuição das lesões pulmonares em comparação aos antibióticos sozinho (Bednarek et al. 2003, Friton et al., 2005)

No Brasil a literatura relacionada é bastante superficial, no entanto os dados de campo relatam a aplicação de uma vacina aos animais na entrada do confinamento. O tratamento é realizado por meio de antibióticos com possível fornecimento adicional de vitaminas.

Estratégias nutricionais

Carboidrato (energia), proteína, minerais, e vitaminas são nutrientes necessários para qualquer reação fisiológica animal, principalmente respostas imunológicas pertinentes ao sistema inato e adquirido (Carroll and Forsberg, 2007).

O status nutricional do gado antes da exposição à DRB tende a ter uma relação com o resultado deste desafio, entretanto, pouco se sabe a respeito da influência do plano nutricional na saúde e imunidade dos bovinos de corte durante esta exposição (Duff and Galyean 2007). A variação no status nutricional pode explicar a ampla variação nas respostas encontradas à suplementação alimentar, especialmente referente a proteínas, minerais e vitaminas.

Diversos estudos têm sido conduzidos para avaliar os efeitos dos ácidos graxos essenciais na resposta imune de bovinos de leite e corte, mais especificamente respostas inflamatórias e da fase aguda. Os ácidos graxos considerados essenciais para dietas de bovinos são os ácidos linoléico (ou ômega-6) e o ácido linolênico (ou ômega-3). Ambos estão presentes em diversos ingredientes utilizados na nutrição de bovinos.

Contudo, quando esses ingredientes chegam ao rúmen, uma grande parte destes ácidos graxos essenciais passa por um processo denominado bio-hidrogenação, no qual são transformados em outros tipos de ácidos graxos não-essencias, como por exemplo, o ácido esteárico, e portanto não chegam em quantidades significativas ao intestino para absorção (Doreau and Ferlay, 1994). Uma opção para evitar bio-hidrogenação ruminal e maximizar a absorção intestinal é a inclusão de ingredientes ricos em ácidos graxos essenciais a moléculas de sabões de cálcio (Wu et al., 1991), comumente conhecido como gordura protegida.

Em um série de três experimentos, Cooke et al., (2010a) demonstraram que bezerros que foram desmamados e receberam gordura protegida por 30 dias antes de entrarem no confinamento, somente como forma de pré-condicionamento para a fase seguinte, tiveram maior ganho de peso comparado ao grupo controle durante a fase inicial do confinamento (144 dias), quando os desafios imunológicos são mais freqüentes.

Segundo o autor esse ganho em desempenho foi atribuído, pelo menos em parte, aos benefícios imunológicos do CaAGE (Megalac-R® ; Church and Dwight, Princeton, NJ) durante o período de transporte e entrada no confinamento. Bezerros recebendo CaAGE tiveram, após o transporte, menores concentrações plasmáticas de TNF-α, umas das principais citocínas pró-inflamatória que prejudicam a performance animal quando sintetizadas em excesso durante condições de estresse.

Durante a fase terminal destes bezerros (últimos 100 dias no confinamento), o ganho de peso foi similar entre os tratamentos, uma vez que todos os novilhos já se encontravam bem adaptados ao sistema de produção (2.10 vs. 2.09 kg/d para controle e CaAGE, respectivamente; P = 0.86). Contudo, quando os animais foram abatidos, os bezerros que receberam CaAGE durante o pré-condicionamento tiveram melhor marmorização, e conseqüentemente, maior proporção de carcaças classificadas como Choice pelo sistema do USDA.

A equipe de Cooke atribuiu esse efeito ao maior ganho de peso dos bezerros suplementados com CaAGE durante o início do confinamento, uma vez que ganho de peso pós-desmama é positivamente associado com deposição de gordura e terminação de carcaça em bovinos de corte (Owens et al., 1993; Drager et al., 2004; McCurdy et al., 2010).

Apesar de toda a informação científica disponível hoje em dia em relação aos efeitos dos ácidos graxos essenciais na produtividade, reprodução, e saúde animal, as quantidades mínimas que bovinos precisam consumir de ácidos linoléico e linolênico para estimular respostas pró ou antiinflamatórias ainda não foram determinadas (Cooke, R. F., 2011). Mesmo assim, o fornecimento de gordura protegida durante o pré-condicionamento de bovinos parece ser uma estratégia nutricional eficiente para beneficiar a saúde e ainda promover incrementos em produtividade.

Conclusão

Os dados disponíveis à DRB ainda estão longe de responderem todas as questões levantadas até o momento. Em todo o mundo, a habilidade para diagnosticar a doença ainda é ineficiente. Após décadas de pesquisas, nossa capacidade em modificar a incidência de DRB por meio de manipulações nutricionais também é limitada.

Nos EUA o pré-condicionamento de animais antes da entrada no confinamento tem se mostrado uma ferramenta eficiente para reduzir a incidência de DRB. Atualmente um dos grandes desafios da indústria pecuária norte-americana tem sido ampliar a implementação destes programas de preparação de bovinos para o confinamento. Por isso é crescente o incentivo (por meio de premiações financeiras) a produtores de bezerros que aderirem programas de pré-condicionamento.

Os benefícios retornados por este procedimento alcançam toda a cadeia pecuária, uma vez que a melhora da saúde promove incrementos no peso ao desmame, desempenho no confinamento, maior escore de marmorização, e superior rendimento de carcaça.

No Brasil, embora apenas cerca de 8% do gado abatido em um ano seja proveniente de confinamento, e somente uma pequena parcela desses animais sejam produzidos em sistema super-precoce, a DRB já é uma preocupação dos nossos produtores, uma vez que também acomete (em menores proporções) animais adultos.

Com o crescente incentivo à aplicação de tecnologia, o confinamento tende a manter-se como parte integrante de nosso sistema de produção, devendo aumentar o número de animais, especialmente jovens, confinados nos próximos anos. A crescente demanda por carne de maior qualidade, bem como a busca por maior produtividade devem sustentar este crescimento.

Contudo, a DRB deve ser conhecida, e mais do que isto, deve ser pesquisada em nosso país. Já que devemos vivenciar, com maior freqüência, cenários semelhantes aos relatados neste artigo à medida que ampliarmos a intensificação da nossa indústria pecuária.

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