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Disputa por presidência da Embrapa se afunila

O Conselho de Administração da Embrapa selecionou na quinta-feira os três candidatos considerados mais qualificados para assumir a estatal dentre os 16 inscritos no fim do mês passado. Entre os escolhidos estão Luís Carlos Guedes Pinto, ex-ministro da Agricultura, Cléber Soares, atual diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa, e Sebastião Barbosa, pesquisador aposentado da empresa pública, apurou o Valor.

Por enquanto, houve apenas análise de currículos, mas na próxima semana o Conselho volta a se reunir para entrevistar os três postulantes ao cargo. A escolha do novo presidente da estatal deve acontecer até o dia 15 de outubro. Na prática, contudo, a escolha do novo presidente terá a chancela do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. O mandato do atual presidente, Maurício Lopes, termina em 12 de outubro.

O processo seletivo para a presidência da Embrapa já provocou reação negativa no agronegócio. Em carta ao ministro Maggi, o Instituto Pensar Agro (IPA), que reúne as 40 principais entidades do setor agropecuário e é o braço técnico da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), questionou o critério de seleção por currículo, recomendando que os candidatos apresentem um plano estratégico com metas e iniciativas para a estatal.

O próximo presidente assumirá a Embrapa em meio a um dos maiores desafios recentes da estatal, que passa por uma grande reestruturação administrativa e financeira e é alvo de críticas internas e do agronegócio que defende um maior protagonismo e a modernização da empresa.

Entre os três selecionados, o engenheiro agrônomo Luís Carlos Guedes Pinto é o único candidato que vem de fora da Embrapa, apesar de ter participado da criação da empresa pública na década de 1970. Foi ministro da Agricultura entre 2006 e 2007, além de presidente da Conab e vice- presidente de Agronegócios do Banco do Brasil.

Cléber Soares é médico veterinário de formação e fez carreira acadêmica, tendo ingressado em 2001 na Embrapa como pesquisador da unidade Gado de Corte, em Campo Grande (MS), onde chegou a ser chefe-geral por seis anos até 2017. Ele é membro de comitês científicos e técnicos ligados aos ministérios da Agricultura e o da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre outros órgãos governamentais.

Sebastião Barbosa também é agrônomo de formação com vasta experiência como pesquisador na área de controle de pragas, já tendo representado a FAO, braço da ONU para Agricultura, em foros internacionais sobre esse tema. Ele foi chefe-geral da Embrapa Algodão.

Fonte: Valor Econômico.

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