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DIEESE: preços da cesta básica caem pelo terceiro mês

Desde maio, na maioria das capitais onde é realizada mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, o DIEESE vem registrando predomínio do número de localidades com redução no custo do conjunto de produtos alimentícios essenciais. Em julho, 16 das 17 cidades pesquisadas apresentaram queda em relação ao mês anterior.

Desde maio, na maioria das capitais onde é realizada mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – vem registrando predomínio do número de localidades com redução no custo do conjunto de produtos alimentícios essenciais.

Em julho, 16 das 17 cidades pesquisadas apresentaram queda em relação ao mês anterior, com destaque para Rio de Janeiro/RJ (-6,6%), Belo Horizonte/MG (-5,9%), Curitiba/PR (-4,9%), Florianópolis/SC (-4,7%) e Porto Alegre/RS (-4,2%). Apenas em Belém/PA (+0,1%) a variação foi praticamente estável.

A exemplo do que ocorreu em junho, também em julho a capital com o maior custo para os produtos alimentícios essenciais foi São Paulo/SP, onde a cesta básica custou R$ 239,38. Porto Alegre registrou o segundo maior valor (R$ 237,67) e Manaus o terceiro (R$ 233,00). As cestas mais baratas foram encontradas em Aracaju (R$ 181,04), Fortaleza (R$ 181,73) e João Pessoa (R$ 191,17).

Para adquirir uma cesta básica, o trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir, em julho, uma jornada de 91 horas e 50 minutos, na média das 17 capitais onde o DIEESE pesquisa os preços dos alimentos básicos. Em junho, a mesma compra exigia a realização de 94 horas e 56 minutos, enquanto em julho do ano passado era necessário o cumprimento de 97 horas e 12 minutos.

Comportamento dos preços

A redução generalizada no custo da cesta básica deveu-se, principalmente, à queda no preço do tomate, açúcar e, no Centro-Sul do país, da batata.

Doze cidades apontaram redução no preço do leite em julho, a maior registrada em Brasília/DF (-12%). As principais altas ocorreram nas capitais da região Norte: Manaus/AM (+1,8%) e Belém (+1,6%). Em relação a julho de 2009, 14 localidades indicaram queda, as maiores anotadas no Rio de Janeiro (-22,7%), Vitória/ES (-21,5%) e Porto Alegre (-20,64%). Em Goiânia/GO, o mesmo preço médio foi encontrado nos dois meses de julho. Pequenas altas foram observadas em Belém (+1%) e Aracaju (+2,5%).

A carne – produto de maior peso na composição da cesta – teve as altas anuais mais expressivas observadas em Goiânia (+11,3%), Curitiba (+8,77%), Salvador/BA (+6,1%) e Natal/RN (+6%) e as menores em Belém (+0,5%) e Belo Horizonte (+1,3%). A única queda ocorreu em Fortaleza/CE (-5,1%). Os dados do mês mostram nove localidades com retração, a maior apurada em Aracaju (-2,2%) e oito com alta, a mais significativa, de 2,90%, registrada em Brasília. Com a entressafra, houve redução do abate que, juntamente com o bom volume de exportações, impediu maior queda no preço, que pode ocorrer com um aumento de chuva nas regiões produtoras, com melhoria das pastagens e engorda do gado.

As informações são do DIEESE, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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