Dicas para comercializar carne diretamente para os clientes

Com mais pessoas ansiosas por comprar alimentos produzidos localmente, a venda direta está se tornando uma opção atraente para muitos produtores canadenses de carne bovina.

Rachel Herbert, que finaliza a produção e comercializa carne bovina com a família em Trail’s End Beef, perto de Nanton, Alta., vê muitas vantagens nesse modelo de negócios. Além de definir seu próprio preço e ter uma forma consistente de marketing, ela também acha muito gratificante saber que o trabalho árduo de sua família resulta em um produto de qualidade desfrutado por seus clientes.

“Muitas vezes há muitas desconexões entre as pessoas que criam os bezerros e o consumidor que come a carne”, disse Herbert, acrescentando que significa muito “conhecer realmente a família que vai comer a carne e dar seu feedback sobre o quão emocionados estavam com o bife do Dia das Mães. ”

Essa conexão fornece um toque humano e um incentivo extra para o que às vezes parece, para muitos produtores, como um trabalho ingrato.

“Você também recebe o benefício adicional de as pessoas agradecerem por seu trabalho e ter seu trabalho reconhecido ao longo do ano”, disse ela. “Nós sempre temos pessoas nos pegando pela mão e dizendo ‘obrigado por alimentar nossa família'”.

No entanto, experimentar a venda dieta não é tão simples quanto reservar uma data no matadouro local. Há várias considerações importantes sobre logística, como atender aos requisitos de segurança alimentar para vender carne bovina e lidar com o lado de vendas do relacionamento com o cliente.

“Há muito a fazer para garantir que você esteja produzindo um produto de qualidade e entregando-o aos seus clientes de forma legal e segura”, disse Herbert.

Ainda assim, Herbert vê muitas oportunidades de crescimento nesse nicho de mercado e não acredita que um influxo de produtores que sigam esse caminho tenha um impacto negativo nos negócios de sua família.

“Eu acho que há muito espaço neste mercado, principalmente para carne terminada a pasto, porque há uma demanda crescente e um interesse por produtos a pasto”, disse ela. “Acho que mais e mais pessoas começam a comprar carne a granel e ficam viciadas. É viciante ter um freezer cheio de carne realmente boa … Depois que você se acostuma, não há como voltar atrás.”

Manter a qualidade é uma área de possível preocupação que Herbert e seu açougueiro discutiram. À medida que mais pessoas terminam seu próprio gado para processamento, há a chance de resultar em carne de qualidade inferior se os produtores não dedicarem tempo e esforço para finalizar adequadamente seus animais. Isso remonta a fatores como a escolha da genética correta, manutenção da saúde do criador e fornecimento de feno de boa qualidade durante o inverno.

Herbert prevê que a qualidade pode se tornar um problema para os interessados ​​em terminar o gado a pasto, pois ela já viu outros se apressarem em terminar seus bezerros aos 18 meses de idade, de acordo com os métodos tradicionais de terminação.

“Os animais terminados a pasto simplesmente não estão prontos para abater naquele momento. Eles não atingiram seu pico de maturidade; eles precisam terminar o crescimento de suas estruturas para poder começar a colocar essa gordura intramuscular e o marmoreio. Então, acho que há um potencial para afastar as pessoas ds venda direta se a qualidade não existir. “

Além da alta qualidade, ela enfatizou a importância de ser transparente em seu marketing.

“Se for carne bovina criada na fazenda, não pode ir ao leilão e pegar alguns bovinos baratos para que possa obtê-los para a terminação”, disse ela. “Temos algumas fazendas parceiras com as quais trabalhamos, e isso é feito de maneira intencional para garantir que todos tenham os mesmos padrões e qualidade”.

Fonte: Canadian Cattlemen, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.