A detecção de covid-19 em uma embalagem de carne bovina exportada pela brasileira Marfrig Global Foods à China dificilmente terá grandes repercussões para a companhia, avaliam fontes que acompanham o caso.
Segundo informações preliminares que circulam no governo e no setor privado, as autoridades de Wuhan detectaram a presença do vírus em embalagem de carne que estava em um armazém.
Segundo uma fonte, o armazém deve ser higienizado porque embalagens de produtos de outras empresas também teriam testado positivo para a covid-19. Diante disso, a avaliação inicial é que o problema está relacionado ao armazém, e não à carne.
Produzida no abatedouro de Várzea Grande (MT), a carga chegou em território chinês entre julho e agosto. O despacho da mercadoria no Brasil deve ter ocorrido no primeiro semestre até porque a unidade em questão estava suspensa de exportar à China entre 26 de junho e outubro após casos de covid-19 entre funcionários da fábrica.
Procurada, a Marfrig não comentou. O Ministério da Agricultura também não quis comentar, mas uma fonte do governo destacou que a Pasta não foi notificada sobre o caso. Os adidos agrícolas do país na China teriam sido informados pela imprensa local.
O cenário todo ainda não está claro, mas fontes confiam que o problema localizado no armazém afasta a possibilidade de uma suspensão, por uma semana, do desembaraço de cargas vinda do frigorífico.
Em algumas situações, como na unidade da Minerva em Barretos (SP, – que também teve uma embalagem de carne com traços de covid-19 –, a suspensão semanal foi a ação tomada pelos chineses como precaução.
Fonte: Valor Econômico.