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Deputados querem que frigoríficos informem condições dos negócios realizados, na tentativa de reduzir informalidade

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira projeto de lei (PL 5194/05) do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que obriga os frigoríficos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) a enviar ao Ministério da Agricultura informações sobre preços, quantidades e outras características dos bois adquiridos, em um prazo de cinco dias úteis após o abate. O objetivo da proposta é combater a informalidade do comércio de carne bovina no Brasil.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira projeto de lei (PL 5194/05) do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que obriga os frigoríficos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) a enviar ao Ministério da Agricultura informações sobre preços, quantidades e outras características dos bois adquiridos, em um prazo de cinco dias úteis após o abate.

Segundo o texto, também deverão ser informados o peso médio dos animais do lote – informações discriminadas por sexo e idade do animal – e a data da transação, o nome, endereço e CPF, ou CNPJ, do vendedor. Aprovado em caráter conclusivo, o texto seguirá para o Senado, a menos que haja recurso para sua análise pelo Plenário.

O objetivo da proposta é combater a informalidade do comércio de carne bovina no Brasil. O relator na CCJ, deputado João Magalhães (PMDB-MG), recomendou a aprovação da proposta com três emendas acatadas anteriormente pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Uma das emendas estabelece o prazo para apresentação das informações em até cinco dias úteis após o abate do animal, por meio eletrônico ou em formulário próprio, de papel, assinado apenas pelo comprador. O projeto original determinava o envio diário desses dados ao Ministério da Agricultura em formulário assinado também pelo vendedor.

Uma segunda emenda define que o sigilo das informações somente será quebrado com autorização por escrito dos compradores e vendedores.

A última modificação determina que, antes do cancelamento do registro em caso de descumprimento da medida, o estabelecimento será notificado e terá dez dias para regularizar as informações junto ao órgão federal de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal.

João Magalhães também apresentou emendas para retirar o estabelecimento de atribuições para o Ministério da Agricultura. “A proposição contém vício quanto à fixação de atribuições para o ministério, para realizar e divulgar estudos sobre o mercado de bovinos. O mesmo vício está em uma das emendas da Comissão de Agricultura, que atribui ao ministério a função de notificar os frigoríficos inadimplentes. Esses dispositivos violam a separação dos Poderes, ao atribuir competência a órgão do Poder Executivo em projeto de iniciativa parlamentar”, explicou o relator.

As informações são da Agência Câmara, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Robson Lopes de Abreu disse:

    Entendo seja esta iniciativa importante para o controle de abate clandestino, mas isoladamente é insuficiente. E os estabelecimentos sob o regime de Inspeção Estadual (Secretarias Estaduais de Agricultura) e de Inspeção Municipal (Secretarias Municipais de Agricultura e/ou de Saúde) ? também deveriam ser monitorizadas, no meu entendimento. E as "empresas" cadastradas somente junto às Secretarias Estaduais e Municipais de Fazenda, mas sem o registro e/ou relacionamento junto aos Órgãos Sanitários? Há que se confrontar informações dos Órgãos responsáveis pela Inspeção Sanitária, IBGE e aqueles simplesmente arrecadadores (Receita Federal; Estadual e Municipal). Somente ações conjuntas poderão resultar em sucesso no combate a clandestinidade ou informalidade como queiram apelidar.  

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