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Demanda firme e alta de preços beneficiam grandes multinacionais

A demanda aquecida e os preços elevados das commodities no mercado internacional no primeiro trimestre fizeram a festa das grandes multinacionais que atuam direta ou indiretamente no setor de agronegócios, a maior parte delas com operações de porte expressivo no Brasil. 

De ADM a Wilmar, passando por Basf e Syngenta e chegando a AGCO e Pilgrim’s, todos os grandes grupos com foco no campo que já divulgaram balanços para o período apresentaram resultados considerados “robustos” ou “fortes” – termos usados à exaustão nos comunicados divulgados. 

Maior empresa de agrotóxicos e sementes do mundo, o Syngenta Group, controlado por estatais chinesas, informou ontem que suas vendas globais alcançaram US$ 7,1 bilhões de janeiro a março, 18% mais que em igual intervalo de 2020, e que seu Ebitda (juros antes de impostos, taxas, depreciação e amortização) aumentou 19%, para US$ 1,5 bilhão.

Com atuação nos mesmos segmentos, a Basf reportou também ontem resultados estáveis, mas em elevado patamar. As vendas mundiais da área agrícola cresceram 1%, para 2,8 bilhões de euros, e o Ebitda (lucro antes de juros e impostos) foi de 807 milhões de euros, mesmo patamar do primeiro trimestre de 2020. 

Na área de máquinas, a gigante americana AGCO divulgou que sua receita total cresceu 23,3% no intervalo, para US$ 2,4 bilhões. O lucro líquido da companhia mais que dobrou e atingiu US$ 150,8 milhões. Como as demais empresas já citadas, a AGCO também viu seus resultados melhorarem, em menor ou maior escala, em todas as regiões do mundo em que está presente. 

Entre as tradings, a Wilmar, com sede em Cingapura, informou que foi igualmente beneficiada por demanda e preços de commodities como soja e milho e encerrou o primeiro trimestre com receita líquida de US$ 14,3 bilhões, 30,6% maior que em igual intervalo do ano passado. O lucro líquido da companhia praticamente dobrou na comparação e atingiu US$ 450,2 milhões.

Na véspera, a americana ADM, que faz parte do grupo das “ABCD” com Bunge, Cargill e Louis Dreyfus Company, já havia divulgado que sua receita líquida registrou alta trimestral de 26,3%, para US$ 18,9 bilhões. O lucro líquido da múlti subiu ainda mais: 77,2%, para US$ 689 milhões. 

No segmento de carnes, a americana Pilgrim’s Pride, controlada pela brasileira JBS, foi outra que se deu muito bem de janeiro a março: suas vendas aumentaram 6,5%, para US$ 3,3 bilhões, e o lucro líquido chegou a US$ 100,2 milhões, 49,1% maior que no primeiro trimestre de 2020. 

Fonte: Valor Econômico.

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