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Decisão da UE ainda gera apreensão

Após o encontro com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o comissário de saúde e segurança de alimentos da UE, Wytenis Andriukaitis, afirmou – e divulgou comunicado em Bruxelas repetindo praticamente as mesmas palavras- que, “pelo momento”, a UE vai manter controles reforçados sobre a carne importada do Brasil nos pontos de entrada e enviará auditores ao país o mais rapidamente possível.

Ele disse ter repetido no Brasil que a segurança dos produtos alimentares é crucial para manter a credibilidade “de nossos sistemas de controle e a confiança dos consumidores na cadeia alimentar”. E que espera do Brasil a implementação de “medidas corretivas para restaurar a credibilidade de seus sistemas de controle o mais rapidamente possível”.

“Está nas mãos deles [autoridades brasileiras], é o que vai continuar a ser transmitido em Bruxelas, para os Estados membros do Conselho de Agricultura na próxima segunda-feira e ao Parlamento Europeu também na semana que vem”.

Os países da UE passaram a fazer o controle de 100% dos carregamentos de carne brasileira dos 260 estabelecimentos do país autorizados a exportar para seus mercados, e não apenas dos 21 estabelecimentos investigados da Operação Carne Fraca. De qualquer forma, o próprio Ministério da Agricultura brasileiro suspendeu as exportações dessas 21 unidades. Aparentemente não encontraram nada substancial até agora – “senão se saberia rapidamente”, afirmou uma fonte.

Andriukaitis disse que quer de Blairo o compromisso de que a Europa pode ter completa confiança no controle sanitário oficial brasileiro. Para o comissário, isso enviaria uma mensagem aos parceiros de que o sistema no Brasil “é capaz de oferecer confiança, credibilidade e previsibilidade”. E criticou com veemência as suspeitas de corrupção levantadas pela operação da PF.

No comunicado, o comissário fez uma menção indireta às pressões que vem recebendo para agir contra a carne brasileira, com demandas vindas de países-membros da UE, do Parlamento Europeu e de organizações de produtores. Para observadores em Bruxelas, não é possível descartar um endurecimento contra a importação de carne brasileira no Comitê PAFF. Mas a avaliação é que não há elementos suficientes para reforçar uma decisão, além dos controles mais rigorosos já adotados.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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