Péricles Salazar (Abrafrigo): Qual dono de frigorífico, em sã consciência, deseja esmagar o produtor rural?
2 de março de 2012
Pecuarista lerdo faz boi beber água suja
2 de março de 2012

Daniel Freire (ABEG) comenta sobre taxação da exportação de gado vivo

Fomos pegos de surpresa por tal absurdo pleito proveniente de três associações frigorificas, que na realidade representam basicamente a idéia de 2 grupos industriais, com intuito de sobretaxar em 30 % o boi produzido já com tanto sacrifício, e conseqüentemente fechar mais essa opção lícita de venda do pecuarista.

Daniel Freire, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (ABEG), enviou comentário ao artigo A cadeia quebrada sobre a taxação da exportação de gado vivo.

Leia na íntegra:

“Prezado Sr. Carlos Viacava.

Gostaria muito de agradecer e lhe parabenizar pelos comentários feitos no artigo acima.

As exportações de gado vivo são um nicho de mercado existente no mundo que gira em torno de 5 milhões de cabeças. Austrália, México, Canadá, Espanha, França são exemplos de exportadores de gado, o Brasil tem evoluído muito desde 2003 atingindo o ápice em 2010 e infelizmente caindo quase 38% em 2011.

Fomos pegos de surpresa por tal absurdo pleito proveniente de três associações frigorificas, que na realidade representam basicamente a idéia de 2 grupos industriais, com intuito de sobretaxar em 30 % o boi produzido já com tanto sacrifício, e conseqüentemente fechar mais essa opção lícita de venda do pecuarista.

Entendemos ser mais uma tentativa te concentrar ainda mais o poder de fogo desses grupos, seguindo a linha do que vem acontecendo no Goiás e Mato Grosso,nesses casos as escalas de abate se estendem por mais de 20 dias,no caso do estado do Pará que é o maior canal de escoamento, a situação seria bem pior se a exportações fossem suspensas, pois alem de concentração de um grupo frigorifico,o estado não esta liberado para exportar carne para os mercados que pagam mais.

É brincadeira afirmar que uma atividade que representa 0,97% do abate certificado do Brasil poderia comprometer a industria nacional.

Não podemos esquecer que a maior agregação de valor na cadeia acontece da porteira para dentro, pois se juntarmos os setores de insumos com 14,65 % e o da produção com 39,42% chegamos a um total de 54,07% na participação do PIB da pecuária(R$ 242,6 bilhões /2010 CEPEA/USP /CNA).

Não entendo como um grupo que depende do pecuarista quer cada vez mais achatar seu maior “parceiro”, está provado que nos anos de preços maiores ,os investimentos para tecnificar a pecuária também foram maiores. Encerro clamando pela união da classe contra esse absurdo. Sou Presidente da ABEG (Associação Brasileira dos Exportadores de Gado)”

Clique aqui para ler mais opiniões sobre este assunto.

1 Comment

  1. Conceição Verbicaro disse:

    Sr. Carlos Viacava e Sr. Daniel Freire, parabéns pela defesa.
    Há necessidade de mobilização maciça de todos os envolvidos na exportação de bovinos vivos, atividade que, no contexto social e econômico, se apresenta como alternativa de diversificação de serviços e investimentos, e geradora de postos de trabalho diretos e indiretos, como é o caso de agências marítimas que tem nessa atividade o principal esteio de sua sobrevivência e desenvolvimento.
    Conceição Verbicaro – colaboradora de Global Agência Marítima Ltda. – Belém (PA)

plugins premium WordPress