A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) marcou para 4 de julho o julgamento do diretor de relações com investidores da JBS e também presidente do conselho de administração da companhia, o irlandês .
Para a acusação, Jerry, como é conhecido, deveria ter sido mais rápido em anunciar ao mercado sobre a
celebração do acordo de delação premiada dos irmãos Batista, controladores da companhia. O acordo de delação veio a público em 17 de maio de 2017.
A acusação contra o diretor de relações com investidores da JBS foi o primeiro processo administrativo sancionador instaurado pela CVM a partir das investigações abertas após o conteúdo da delação premiada dos executivos da J&F, holding dos Batista que controla a JBS.
Jerry foi acusado de não inquirir os administradores e controladores da JBS a respeito de informações referentes à celebração da delação e de divulgar “intempestivamente e de forma inapropriada” comunicado ao mercado com informações sobre o caso.
A acusação admite que não há elementos que permitam concluir que o executivo tinha informações sobre a delação antes dela vir à tona. Mas diz que “há que se discordar que ele tenha agido com celeridade e adequação exigidas pela instrução CVM 358/2002, para fins de informar apropriadamente o mercado e corrigir eventual assimetria informacional”.
Entre seus argumentos de defesa enviados à autarquia, Jerry disse estar convicto que agiu com “absoluta celeridade na divulgação de informação certa, observando todos os cuidados para não se engajar em suposições e para não tratar de fatos de ocorrência duvidosa. O relator do caso é o diretor Gustavo Borba.
Os processos sancionadores envolvendo a JBS figuraram entre as principais acusações instauradas pela CVM em 2017. Até o momento correm no regulador oito investigações e mais dois inquéritos sobre o tema, e outros dois processos sancionadores, todos relacionados à delação premiada.
Procurada, a JBS não comentou.
Fonte: Valor Econômico.