Mercado Físico da Vaca – 21/01/10
21 de janeiro de 2010
Horários e Rotina de Fornecimento da Ração
25 de janeiro de 2010

Cuidados a serem tomados com o fornecimento de dietas com alto teor de concentrados

Quando dietas com altos teores de concentrados são fornecidas a bovinos confinados alguns cuidados devem ser tomados para se evitar quadros de acidose ruminal, que podem ter como conseqüência: timpanismos, laminites e abscessos de fígado, os quais podem levar os animais a desempenhos abaixo do esperado ou até mesmo a morte em casos mais severos.

Quando dietas com altos teores de concentrados são fornecidas a bovinos confinados alguns cuidados devem ser tomados para se evitar quadros de acidose ruminal, que podem ter como conseqüência: timpanismos, laminites e abscessos de fígado, os quais podem levar os animais a desempenhos abaixo do esperado ou até mesmo a morte em casos mais severos.

A melhor estratégia para se evitar no confinamento problemas decorrentes de acidose, são protocolos de adaptação às dietas de alto concentrado, que uma vez bem planejados e conduzidos, incrementam significativamente o desempenho dos animais em confinamento.

Ainda faltam estudos científicos que recomendem o protocolo e o tempo exato de adaptação para bovinos confinados, principalmente com relação aos de genótipo zebuíno. O que é bem relatado na literatura é que bovinos devem ser introduzidos gradualmente às dietas mais energéticas através de programas de adaptação.

Apesar de limitados, alguns estudos mostram que bovinos zebuínos são mais susceptíveis a acidose do que bovinos taurinos. Alguns autores já relataram que bovinos zebuínos apresentam menor consumo de matéria seca que taurinos quando dietas com mais de 70% de concentrado são oferecidas. Contudo, com uma adaptação bem feita o problema da maior susceptibilidade a acidose parece ser resolvido, mas o consumo de matéria seca continua menor, apesar da conversão alimentar não ser alterada em relação aos animais de genótipo taurino.

Outro fator importante a ser considerado são os teores de FDN e FDN fisicamente efetivo (peFDN) das dietas que são formuladas. Alguns autores recomendam níveis mínimos em torno de 16 e 8%, para FDN e peFDN, respectivamente. No entanto, estes valores devem ser aplicados somente em sistemas de arraçoamento e manejo muito bem controlados, onde os animais passam por protocolos de adaptação adequados. O mínimo de 8% de peFDN é baseado em trabalhos científicos que encontraram que este seria o valor para garantir pH ruminal igual ou maior a 5,7; o qual está no limiar da acidose subclínica que é abaixo de 5,6 (Owens et al, 1998). Dietas mais “seguras” trazem valores de FDN e peFDN em torno de 20 e 16%, respectivamente.

Um bom protocolo para adaptar bovinos confinados é chamado “programa de escada” em 21 dias, no qual se aumenta os níveis de concentrado da dieta gradativamente até chegar ao teor da dieta final. Esse protocolo pode ser realizado da seguinte maneira:

• 1ª semana – dieta com 58% de concentrado;
• 2ª semana – dieta com 68% de concentrado;
• 3ª semana – dieta com 78% de concentrado;
• 4ª semana em diante – dieta com 85% de concentrado.

Este conteúdo acima faz parte do quarto módulo do curso online Avaliação de Dietas para Bovinos de Corte. Neste curso, elaborado pelos zootecnistas Danilo Domingues Millen e Rafael Benicá Rodrigues, os alunos aprenderão conceitos e detalhes para planejar estrategicamente a formulação de dietas, melhorando a eficiência alimentar do rebanho e auxiliando o entendimento dos fatores que influenciam o consumo animal.

Para saber mais detalhes sobre este curso acesse a página Avaliação de Dietas para Bovinos de Corte

Gostou? Faça sua inscrição aqui!

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress