Mercado Físico da Vaca – 30/08/10
30 de agosto de 2010
Acompanhamento de abate: quem faz?
1 de setembro de 2010

Crise na Argentina pode favorecer exportação brasileira

A séria crise vivida pela Argentina no setor pecuário afeta o Brasil. De um lado, é bom para a consolidação do produto brasileiro no mercado externo -a Argentina, tradicional exportadora de carne de qualidade, pode deixar parte desse mercado para os brasileiros. Ao entrar em mercados antes ocupados pela Argentina, o Brasil tem chance de mostrar o avanço da qualidade do produto nacional e receber mais por ele, o que já vem ocorrendo.

A séria crise vivida pela Argentina no setor pecuário afeta o Brasil. De um lado, é bom para a consolidação do produto brasileiro no mercado externo -a Argentina, tradicional exportadora de carne de qualidade, pode deixar parte desse mercado para os brasileiros.

Ao entrar em mercados antes ocupados pela Argentina, o Brasil tem chance de mostrar o avanço da qualidade do produto nacional e receber mais por ele, o que já vem ocorrendo.

Uma participação maior do Brasil no mercado externo traz a chance de o país vender cortes diferenciados e com maior remuneração.

Essa melhora no valor da carne deveria, em tese, pode se converter também em remuneração para o pecuarista. Isso está ocorrendo. Demanda interna aquecida e retorno das exportações, em um período de poucos animais para abate, elevaram os preços internos da arroba para R$ 92, ontem, no Estado de São Paulo, preço 15% maior do que o de há um ano.

De outro lado, o consumidor pode esperar, aos poucos, aumento real no preço da carne. À exceção do Brasil, os demais grandes produtores – Austrália, Argentina e EUA – têm sérios problemas na produção.

Esses problemas passam por limitação de áreas e restrições impostas pelo Governo às exportações, como na Argentina, mudanças climáticas, na Austrália, e elevação de custos, nos EUA.

A situação no Brasil, no entanto, não é tão tranquila. A política de incentivos do governo a grandes instituições está deixando para trás uma série de pequenos frigoríficos de portas fechadas. Em Mato Grosso, que tem o maior rebanho nacional, 13 dos 39 frigoríficos estão parados. A redução de unidades compradoras pode diminuir o poder de negociação dos pecuaristas.

A matéria é de Mauro Aafalon, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress