O crescimento do número de refrigeradores domésticos é um dos fatores que estimula o consumo de produtos perecíveis no mundo, o que sinaliza importante oportunidade para países produtores de alimentos como o Brasil. A análise é feita pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa e publicada no estudo Estratégia de Abertura de Mercados: Perspectivas 2016.
O documento relaciona a quantidade de geladeiras e o padrão de consumo em países onde a classe média está em expansão. Com renda maior, o cidadão tem condições de comprar o refrigerador e, consequentemente, armazenar mais alimentos perecíveis, como carnes e lácteos.
Na Índia, onde apenas 24% dos lares têm geladeira, é baixo o consumo anual de proteína animal: 2 kg/habitante de carne bovina e 3 kg/habitante de carne de frango. Já no Brasil, 98% das residências têm o eletrodoméstico, o que favorece o alto consumo. Por ano, são 39 kg/habitante de carne bovina, 44 kg/habitante de frango e 14 kg/habitante de carne suína.
O ingresso de milhares de pessoas à classe média vai gerar forte pressão por alimentos, principalmente pelos asiáticos. O continente é apontado como o mercado de maior crescimento no globo, com potencial para liderar o consumo nas próximas décadas. Em 2030, 66% da classe média mundial se concentrará ali.
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Fonte: Mapa, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.