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Cresce venda de carne para países islâmicos

An employee, who gave her first name as Nora, prepares a food order at the counter of Beurger King Muslim, or BKM, in Clichy-sous-Bois, a suburb east of Paris, August 8, 2005. Muslims in France can eat halal meals at the new fast food restaurant that caters to the country's large Islamic population. BKM draws its name on the French word 'Beur', which is slang for a second generation North African living in France. RETUERS/Jacky Naegelen

O Brasil vem se destacando em um segmento que por anos foi considerado nicho e que agora ganha volume sobre os demais: o mercado de carne halal. Consumido pelos praticantes da religião muçulmana, o produto halal – ou seja, permitido por Deus – deve seguir preceitos islâmicos de produção e abate. São regras nas quais as exportadoras brasileiras de carne bovina e de frango vêm se especializando.

“O Brasil tem 90% dos seus frigoríficos habilitados para produzir proteína animal halal e seus derivados”, disse o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Michel Alaby. Para ele, o País já figura como o maior exportador de carne para o mundo islâmico – apenas bovina e de frango, já que o consumo de suínos é proibido pelo Islã. O volume, entretanto, alcança apenas 20% da população muçulmana no mundo, de 1,8 bilhão de pessoas.

Em relação à carne bovina, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) não segrega seus dados entre produto halal e não halal. Mas informa que os países árabes, de religião majoritariamente muçulmana, já adquirem 24% de toda a carne bovina exportada pelo Brasil, resultando num faturamento de US$ 1,4 bilhão no ano passado.

Somente os Emirados Árabes Unidos, onde quase 80% da população é muçulmana, importaram do País, em 2015, 18 mil toneladas da proteína vermelha, resultando em divisas de US$ 84 milhões.

Neste ano, até setembro, as exportações de carne bovina ao mundo árabe somaram US$ 3,37 bilhões, conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O Egito, com 90% da população muçulmana, é o principal mercado da região e um dos maiores do mundo para o Brasil, com importações de US$ 506,6 milhões de janeiro a setembro.

Fonte:  O Estado de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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