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CQC faz matéria sobre abate irregular na Bahia, assista aqui

Nesta segunda-feira (25), o programa CQC da Band apresentou uma matéria sobre um abatedouro municipal de bovinos com condições irregulares na cidade de Conceição do Coité-BA.

Assista a matéria aqui:

 

Por favor comente abaixo o que podemos fazer para melhorar esse grande problema da pecuária de corte brasileira.

Fonte: CQC, adaptada pelo BeefPoint.

14 Comments

  1. Mauro Luís Matzembacher disse:

    A reportagem do programa CQC visitou o local e constatou um verdadeiro desastre ético, ambiental e humano. Porém, a matéria apresentada pelo repórter Oscar Filho no quadro “Proteste Já” focou apenas na questão ambiental e social do problema.
    Completamente alheio ao sofrimento dos animais que morriam literalmente ao seu lado, Oscar conseguiu fazer piada e sorrir em meio ao sangue e os gritos de dor dos animais que o cercavam. Embora seja sempre bom mostrar a realidade do abate de animais às pessoas – especialmente em TV aberta e em horário nobre -, a matéria do CQC ficou apenas em questões jurídicas e legais, ignorando completamente o sofrimento daqueles que estavam sendo mortos em frente às câmeras.
    Ressaltando que existe um “jeito certo de matar animais”, Oscar visitou também um matadouro em Bauru, interior de São Paulo, que tem uma infraestrutura muito maior e mais cara mas que, no fim, tem o mesmo propósito que o matadouro baiano.

  2. Mário S. de Macedo disse:

    Acho um absurdo acontecer coisas como essas em um país considerado o maior exportador de carne do mundo. Onde suas plantas exportadoras tem uma inspeção extremamente rígida e produtores que vendem animais a essas plantas, tenham que se submeter a toaletes extremamente fortes, pois não pode haver nenhuma contaminação, sob pena da planta ser eliminada da lista de exportação. Onde uma vaca que chega com prenhês avançada no Frigorífico, é destinada a graxaria pelo S.I.F., fazendo com que o produtor perca até toda a remuneração devida, pela venda deste animal. É o legítimo dois pesos duas medidas, os Brasileiros podem comer carne contaminada, os estrangeiros não. As grandes empresas precisam seguir as normas sanitárias e as pequenas nem sequer tem normas.
    Achei um absurdo, inclusive assistir um veterinário da defesa sanitária, dando uma demonstração triste de incapacidade. Além da corrupção pública exposta no programa.
    O pior é que isto não é raro, ver abatedouros com “Inspeção” municipal, sem as menores condições de abate e ainda com produtos atestados por um Veterinário, o que é muito pior.
    Ta mais do que na hora de proteger a nossa gente mais humilde, da “ganhança” politica. Onde os políticos determinam inclusive se os produtos estão áptos ao consumo, no caso de terem origem de empresas de seus afiliados politicos, segundo a reportagem, conseguindo até apoio judicial para isso.
    Como diz o Bóris Casoi, “É UMA VERGONHA!!!”

  3. Elaine Mendonça Bernardes disse:

    Não vi o programa, mas estando o mercado de boi parado como está, abate irregular nada mais é do que uma solução do próprio mercado. Aliás, ser regular não quer dizer ser eficiente, apenas significa que seguem as normas ditadas por uma indústria lobista que cria barreiras para garantir a manutenção do oligopsônio. Até quando o pecuarista ficará à mercê de poucos frigoríficos (semrpe tão regulares, não?) e até quando alguns frigoríficos continuarão a “quebrar” enquanto um único “mama nas tetas do BNDES”?

  4. Eduardo Gonçalves Batista disse:

    Brilhante matéria! Mais sedo ou mais tarde, essa “ferida” dos abates clandestinos no Brasil deveriam ser abertas. Todos nós que trabalhamos no seguimento sabemos que eles existem. Não é possível que isso ainda ocorra sem que nada seja feito. Parabéns ao CQC.
    SOMENTE UMA CORREÇÃO: Se o nosso amigo entrevistado comeu carne com cisticerco, ele deve ter sido acometido de teníase ” solitária ” o verme adulto. Para ter Cisticercose, como ele relatou, ele deve ter ingerido ovos de ténia presentes nas fezes humana, o que geralmente acontece no caso de má higiene pessoal ou ingestão de alimentos contaminados com fezes humanas contaminadas com ovos de ténia.

  5. Robson Lopes de Abreu disse:

    Esta é a realidade na maioria dos Municípios brasileiros. A equipe do CQC deveria ter entrevistado o Presidente do Conselho Municipal de Saúde, assim como o do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Agricultura, que são propaladas organizações responsáveis pelo controle social. Parabéns à equipe do CQC.

  6. José Claudemiro Passos Brandão disse:

    Parabéns CQC e BeefPoint! Só assim é possível acordar a sociedade brasileira e acabar com a cultura da corrupção moral e econômica. Na Bahia, quando se trata de defender os interesses da população, é preguiçoso o LEGISLATIVO, O JUDICIARIO E O EXECUTIVO.

  7. Daniel Marques disse:

    INVESTIMENTO!!!

    É a única solução para esse problema….

  8. Bettina Michalak disse:

    Está aí a importancia de um sistema de inspecão eficiente em todos os estados do Brasil. Porém informacões irreais estão sendo repassadas nesse vídeo, a cisticercose não é transmitida pela carne com cisticerco, e sim pelos ovos da Taenia no meio ambiente. O consumo de carne crua ou mal cozida com cisticercos, causa a Teníase. De qualquer maneira, a contaminação por ovos da Taenia em um ambiente como esse, torna-se completamente justificável o aparecimento de cisticercose em humanos, mesmo que esse não tenha cosumido a carne proveniente desse matadouro.

  9. Robson Lopes de Abreu disse:

    Este quadro caótico se arrasta há mais de quarenta anos. Estava sendo minimizado com o advento da Lei da Federalização – Lei Nº 5760, DE 03 DE DEZEMBRO DE 1971. Porém foi revogada pela Lei nº 7889, de 23.11.1989. Portanto falta vontade política. Inúmeros levantamentos deste descaso com a Saúde Pública já foram realizados.

  10. José Carlos Sanches disse:

    Sendo no Brasil nada mais é novidade a impunidade começa em Brasilia imagine neste fim de mundo. Deveriam fazer estes politícos comerem esta carne e morarem naquela cidade. Quanto a saúde tem hospitais que lembram muito este lugar.

  11. Alex Bastos disse:

    Infelizmente uma tristeza não só baiana, e olha que o matadouro da matéria não é uns dos piores não.
    Fica um jogo de empurra, empurra ninguém quer assumir a responsabilidade e enfiar a mão nessa cumbuca!
    Está na hora de unirmos e pedir solução, o que adianta excelência numa ponta e total irresponsabilidade sanitária e ambiental na outra; para onde iremos????
    Já foi noticiado por alguns órgãos de credibilidade, que os abates irregulares estão entre 45 e 50% dos totais de todo Brasil, isso em Bovinos, nos caprinos e ovinos passa dos 95%.
    Uma certa feita, em uma reunião aqui Bahia, onde estava presente representantes do Ministério da Agricultura e Agencia de Defesa Estadual, perguntei de quem realmente é a responsabilidade de fiscalização de produtos de origem animal nos municípios, a resposta que me foi dada, é que se o Município não tem o Serviço de Inspeção Municipal implantado a responsabilidade é da Agência de Defesa Estadual e caso o Estado não a tenha Agência, ai é do MAPA.
    Porem já informamos diversas vezes a órgãos públicos situações piores às apresentadas neste vídeo, sem resultados palpáveis, continuam realizando os abates deploráveis e irregulares e contaminando os recursos ambientais.
    Um amigo, apos ver essa matéria, twittou que se quisessem fariam uma denúncia todos os dias do ano com matadouros municipais absolutamente irregulares desse país. Uma verdade que vem passando despercebida pelas nossas autoridades, assunto sério que necessita de muita vontade para enfrentar, pois mexe, no brio político e econômico de muita gente.

  12. carlos massotti disse:

    E estao falando de um Matadouro Municipal mantido pelo prefeitura do municipio – imagine entao os abatedouros clandestinos que existem neste pais em especial pelo Norte e Nordeste -existem numeros confiaveis deste tipo de abate no país? Lembro-me que estimava-se o abate clandestino e/ou em matadouros como este aqui algo em torno de 40% do abate nacional – alguem aí em um outro numero ?

    Nao adianta tapar o sol com peneira –

    Infelizmente esta é realidade em alguns (ou muitos ?) lugares deste país – e na creio que se possa fazer algo para melhorar este grande problema – só a educacao vai poder modificar este cenario – e para este povo ter uma educacao digna vai demorar uns bons anos ….ou decadas….ou seculos…..

  13. Helio Monteiro disse:

    Em muitas regiões o abate clandestino é uma válvula de escape do pecuarista contra o monopsônio dos frigoríficos. Essa poderia ser uma ótima chance para os pequenos e médios pecuaristas exigirem a formação de cooperativas de abate, de acordo com as normas sanitárias. O problema esbarra mais uma vez na velha falta de união da classe.

  14. Anderson Polles disse:

    Em 2004, quando ouve a pressão para ajustamento de condições sanitárias municipais, os produtores juntamente com os açougueiros mais sindicato rural em Lavínia se reuniram e fizeram a “Vaquinha” para conseguir manter a operação do estabelecimento matadouro. Na época foram investidos + – 60 mil reais para adequação. A Matadouro funciona 3 vezes por semana e o saldo da dívida remanescente é rateado anualmente com eventos.
    A solução técnica é bastante simples, o que falta é vontade política para fazer.

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