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Couro: exportações registraram receita de US$ 204,9 milhões em maio

As exportações brasileiras de couros contabilizaram US$ 204,9 milhões em maio, com o embarque de 36,2 mil toneladas neste mês. A receita representa crescimento de 8% em relação ao mês anterior e 30% superior em comparação a maio de 2010, segundo cálculos do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), baseado no balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

As exportações brasileiras de couros contabilizaram US$ 204,9 milhões em maio, com o embarque de 36,2 mil toneladas neste mês. A receita representa crescimento de 8% em relação ao mês anterior e 30% superior em comparação a maio de 2010, segundo cálculos do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), baseado no balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“Embora as vendas externas tenham crescido, na verdade, este fato camufla os entraves que os curtumes vêm sofrendo para manter a competitividade e os mercados duramente conquistados ao longo de décadas”, diz o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

“Como o mercado interno não absorve mais produtos por estar saturado, as empresas são forçadas a focar no mercado externo, sofrendo os conhecidos efeitos nocivos da defasagem cambial, os entraves do chamado Custo Brasil, e sendo forçadas a operar com margens estreitas ou mesmo negativas”, explica.

Segundo o executivo, transferir o alto custo da matéria-prima principal se tornou uma tarefa impossível. “O encarecimento nos custos, quando transformado em dólares, acaba eliminando a rentabilidade e, por conseqüência, vem provocando prejuízos aos exportadores”, diz Goerlich, lembrando que muitos curtumes ainda enfrentam o esgotamento de suas linhas de crédito.

“Além da adversa política cambial, nossas empresas também são prejudicadas pela elevada carga tributária, pelas altíssimas taxas de juros e de contribuições sociais, excessiva burocracia, ausência de linhas de crédito para capital de giro e o pelo ‘apagão logístico’, observa o executivo.

Mesmo diante de tantos obstáculos, Wolfgang Goerlich salienta o esforço da indústria curtidora nacional para manter mercados duramente conquistados, e o esforço da abertura de novas frentes de negócios internacionais para o couro brasileiro.

Ele lembra que o total acumulado de couros e peles em 2011 foi de US$ 888,93 milhões, um crescimento de 25% em receita quando comparado aos primeiros cinco meses do ano passado e de 7% no volume, das 12,5 milhões de peças embarcadas de janeiro a maio deste ano. O crescimento da receita e dos volumes embarcados, entretanto, não representa aumento de margens, que, na verdade, estão sendo violentamente comprimidas.

Como exemplo das iniciativas tomadas para operar neste ambiente, o presidente do CICB destaca os esforços do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil na promoção do couro brasileiro, levando cada vez mais empresas para as principais Feiras Internacionais, com destaque para a próxima – a ACLE, em Xangai.

Os resultados altamente positivos da cooperação CICB / APEX-BRASIL (Brazilian Leather) são cada vez mais expressivos e mantêm o couro brasileiro em evidência e acelerando as vendas apesar dos fatores negativos apontados acima.

O próximo evento de maior destaque promocional a ser realizado pelo CICB será o Primeiro Congresso Mundial de Couro, no dia 9 de novembro, no Rio de Janeiro. Será o maior evento do setor couro em âmbito mundial e uma oportunidade única para expor ao mundo a capacidade e a qualidade da nossa Indústria Curtidora.

O fato de que o Congresso Mundial de Couro será realizado em conjunto e em seqüência ao Congresso Mundial de Calçado dá a este duplo evento um caráter único e sem precedente no mundo.


Fonte: Secex/MDCI/CICB

As informações são do CICB, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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