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Copom suaviza alta dos juros e eleva Selic em 0,5%

A queda rápida da inflação, a desaceleração da economia doméstica e a fragilidade da economia internacional representaram uma mudança "dramática" no balanço de risco inflacionário e levaram o Comitê de Política Monetária (Copom) a rever, também, a dosagem do aumento dos juros. Ontem (21), o Copom decidiu por unanimidade elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano.

A queda rápida da inflação, a desaceleração da economia doméstica e a fragilidade da economia internacional representaram uma mudança “dramática” no balanço de risco inflacionário e levaram o Comitê de Política Monetária (Copom) a rever, também, a dosagem do aumento dos juros. Ontem (21), o Copom decidiu por unanimidade elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano.

De acordo com o comunicado, o Copom avaliou que há um “processo de redução de riscos para o cenário inflacionário que se configura desde a última reunião”. Esse novo balanço de riscos, ainda de acordo com o documento, se deve “à evolução recente de fatores domésticos e externos”.

O consenso de que o Copom manteria a mesma trajetória de elevação da Selic, estabelecido desde a última reunião, em junho, começou a ser quebrado na semana passada, com a divulgação dos dados de queda nas vendas de varejo. Na quarta-feira, o Banco Central apontou estabilidade no mês de maio, em relação a abril, reforçando o cenário de desaceleração do ritmo de crescimento econômico nacional.

O ambiente externo indica uma recuperação mais lenta, tanto da Europa quanto dos Estados Unidos, o que funcionará como uma força deflacionária para o Brasil. Isso, associado ao desaquecimento doméstico, já como fruto da retirada dos estímulos fiscais e monetários desde o primeiro trimestre e a uma dinâmica da economia internacional que têm se mostrado diferente de 2008 para cá, representa um poderoso contrapeso nos riscos inflacionários do país.

Foi com essa realidade que o Copom lidou para tomar a decisão de ontem (21), segundo informações oficiais. Assim, na avaliação de economistas do governo, o que pareceu a alguns analistas ter sido uma atitude incoerente do Copom se confrontada com a ata da reunião de junho, foi, na verdade, uma adequação a essa nova dinâmica de um cenário extremamente volátil.

As discussões, agora, se concentram no quando parar o processo de elevação dos juros. O atual ciclo de alta teve início em abril, quando a Selic passou de 8,75% para 9,5% ao ano. No encontro de junho, nova elevação de 0,75 ponto percentual, para 10,25%. Até agora, portanto, houve uma elevação de 2 pontos percentuais na taxa básica de juros. A ata da reunião de ontem será divulgada no dia 29 e deverá fornecer subsídios para esclarecer essa dúvida do mercado.

A próxima reunião do Copom será realizada no dia 1º de setembro.

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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