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Cooperativas paulistas têm dificuldade de acessar subvenção estadual ao seguro rural

Produtores rurais de São Paulo estão apreensivos com a indisponibilidade, até o momento, de recursos estaduais para a subvenção do seguro rural da safra 2020/21.

Conforme a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) foram enviados ofícios à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP) pedindo orientações, mas os produtores não obtiveram resposta.

“O período de plantio inicia-se logo mais, em agosto, e qualquer atraso na liberação dos recursos vai dificultar a contratação do seguro e comprometer todo o investimento e a estimativa de renda dos produtores caso ocorra algum sinistro”, diz documento enviado à secretaria e assinado por Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp.

Ao Valor, a secretaria disse, em nota, que “está estudando os valores para a liberação do seguro rural da safra de verão aos produtores”.

“Em 2019, durante todo o ano, foram destinados mais de R$ 50 milhões para essa finalidade. Em 2020, 50% desse valor já foi liberado”, disse a assessoria da SAA-SP em nota. Mas “não há prazo para destinação”. “A liberação normalmente ocorre entre os meses de setembro e outubro, meses que os produtores começam o plantio”, acrescentou.

Para a Cooperativa Agroindustrial com sede na cidade de Cândido Mota (Coopermota), a demora pode atrapalhar a contratação do seguro pelos cerca de 3 mil pequenos produtores de grãos associados, que respondem por uma área plantada com soja e milho safrinha em São Paulo da ordem de 300 mil hectares.

Sandro José Amadeu, superintendente da área técnica e comercial da Coopermota, afirma que nesta época do ano os produtores já buscam as seguradoras para contratarem as apólices e que — graças ao estímulo da subvenção de 32,5% do governo estadual e de 25% do governo federal — anualmente, 60% dos produtores da Coopermota têm aderido ao seguro.

“Um sinistro ou outro sempre ocorre, uma chuva de granizo, estiagem e, como 70% dos produtores nossos são pequenos, recomendamos fazer o seguro, porque a subvenção permite e é uma garantia de que não vão perder todo o investimento em adubo, semente, defensivos se tiverem um problema climático”, diz Amadeu.

De acordo com ele, “a liberação sempre ocorreu com uma safra emendando na outra, mas dessa vez as seguradoras avisaram que o recurso não estava lá para dar sequência à contratação”, explica.

Luis Antonio Schmidt, gerente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP) lembra que os agricultores, para ter garantia de cobertura, precisam seguir determinadas regras, e que o correto é contratar a apólice antes do plantio. “Imagine que tenha uma seca logo após o plantio e isso sinalize para uma quebra. Não é nessa hora que o produtor vai conseguir contratar um seguro”, exemplifica.

Fonte: Valor Econômico.

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