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Controladores do JBS compram Banco Matone

A família Batista, dona do maior frigorífico do mundo, o JBS, deu um passo importante na diversificação de seus negócios. A J&F, holding que controla as empresas dos Batistas, anuncia hoje a compra do Banco Matone, instituição especializada em crédito consignado. A J&F já controla o Banco JBS, hoje focado no financiamento a pecuaristas.

A família Batista, dona do maior frigorífico do mundo, o JBS, deu um passo importante na diversificação de seus negócios. A J&F, holding que controla as empresas dos Batistas, anuncia hoje a compra do Banco Matone, instituição especializada em crédito consignado. A J&F já controla o Banco JBS, hoje focado no financiamento a pecuaristas.

Os dois bancos serão fundidos ao longo do tempo. O plano é formar uma instituição com carteira de crédito de R$ 3 bilhões e patrimônio ao redor de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões. No próximo mês, os nomes JBS e Matone devem desaparecer e a operação financeira da família Batista ganhará uma nova identidade. O objetivo é desvincular o negócio da operação mais conhecida, o frigorífico JBS.

A negociação começou no fim de 2010 e terminou no dia 4 de março, sexta-feira, véspera de carnaval. Foi conduzida pessoalmente por Joesley Batista, irmão caçula do clã, e Alberto Matone, controlador do grupo com sede no Rio Grande do Sul.

As participações acionárias das duas famílias serão reunidas no novo banco – além disso, deverá haver um aporte de recursos. Ao fim do processo, os Batistas ficarão com o controle e os Matones, minoritários, devem sair do negócio. Nos próximos meses, porém, Alberto Matone deve continuar tocando o banco, porque conhece a área de crédito pessoal melhor que os donos do Banco JBS.

Fortemente apoiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a companhia embarcou numa expansão internacional acelerada, com a compra das americanas Pillgrim”s e Swift, além de empresas na Europa e na Austrália. Os investidores, no entanto, vêm castigando as ações do JBS, desconfiados da capacidade do grupo para administrar as diversas aquisições.

A meta de Joesley, agora, é diversificar os negócios da família. Ele preside a holding J&F, que tem, além do Banco JBS, empresas nas áreas de produtos de limpeza, celulose e couro. No momento, o grupo investe na construção de uma grande fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul e tenta financiamento do BNDES para tocar o projeto. Em entrevista ao Estado, no ano passado, quando ainda presidia o frigorífico, Joesley demonstrava a intenção de “não deixar todos os ovos em uma cesta só”.

O Banco Matone é maior do que o Banco JBS. Conforme estatísticas do Banco Central (BC), em setembro de 2010, os ativos do Matone somavam R$ 998 milhões, contra R$ 565 milhões do Banco JBS.

O Banco JBS foi criado há cinco anos. O número de funcionários saiu de 34, em janeiro de 2009, para 144, em janeiro deste ano. Recentemente, o JBS começou a assediar profissionais de outros bancos em busca de mais expertise no ramo.

A reportagem é do jornal Estado de S.Paulo (por Raquel Landim e David Friedlander), resumida pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Este é mais um exemplo dos investimentos pouco esclarecidos deste grupo.

    Mais acho muito que aos poucos eles vão investindo em outros seguimentos,quem sabe assim eles deixam a área de proteínas para quem quer trabalhar de fato,sem aventuras com o dinheiro publico,sem dumping de mercado,sem fazer sofrer que trabalha com dignidade.

    Ao que se vê não sou só eu que não acredita na grande competência deles sem o BNDEs,haja visto os valores de suas ações,se nem os acionistas acreditam!

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

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