Rastreabilidade do gado aumenta renda
24 de setembro de 2020
Coalizão pede base de dados eficiente
24 de setembro de 2020

Conservação da floresta no foco dos investidores

Cada vez mais antenados na sustentabilidade da carne, diante das crescentes preocupações dos consumidores no país e no exterior, os investidores acompanham de perto os planos e programas anunciados pelos frigoríficos brasileiros para coibir o desmatamento em sua cadeia de produção. E, embora as questões ambientais ainda sejam secundárias na formação dos preços das ações de JBS, Marfrig e Minerva na B3, a tendência é que ganhem cada vez mais peso nos próximos anos. 

Para analistas, tanto Marfrig quanto JBS, ao estabelecerem prazo (2025) para enquadrar seus fornecedores indiretos – os grandes responsáveis, na pecuária, pelo aumento do desmate na Amazônia nos últimos anos -, marcam pontos positivos. Mas, por outro lado, realçam que as empresas acionaram um cronômetro que, para alguns investidores, pode estar lento demais.

Essa foi a avaliação, por exemplo, da gestora nórdica de fundos Nordea, que recentemente zerou seus investimentos na JBS alegando questões ambientais. Para a empresa, o programa do frigorífico poderia ter prazos mais curtos. 

E não é só a Amazônia que está no radar dos investidores. O vertiginoso aumento do número de focos de queimadas no Pantanal também já foi associado a fornecedores indiretos das grandes empresas de carne bovina, e o Cerrado, muitas vezes deixado em segundo plano nas discussões, também continua no foco. 

Mesmo em meio a esse intenso debate, e ao aumento das críticas sobre problemas ambientais no Brasil, as ações de Marfrig e Minerva acumulam altas significativas na B3 nos últimos 12 meses. As da JBS, que bateram recorde em 2019, apresentam queda. 

Fonte: Valor Econômico.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress