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Conheça a história de sucesso da Casa de Carnes Panazzolo e de sua marca – Nossa Carne do Rio Grande do Sul

Conheça um pouco da história da Casa de Carnes Panazzolo

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Aleri João Panazzolo, 49 anos, natural de Carazinho/RS e residente em São Leopoldo/RS, é engenheiro agrícola, formado em 1993 na ULBRA, em Canoas/RS. É filho de produtores rurais e desde a escola sua paixão pela agropecuária era radiante – estudos intensos em instalações, mecanização, irrigação e processamento agroindustrial (carne e leite).

Após muitos anos de prestação de serviços de assistência técnica e econômica na organização da estrutura de produção, nas melhores propriedades, com tecnologia adequada, foi notável a carência comercial. Assim, foram vários anos de estudos e observações, analisando os programas dos frigoríficos, distribuidores, pontos de venda, açougues, mercados, restaurantes e churrascarias. Com muita coragem, eu iniciei a atividade comercial, com minha primeira casa de carnes.

Assim criou-se a Panazzolo Com. de Carnes Lt., com o objetivo de integrar as fazendas desde a produção e comercialização dos bovinos e carne.

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A casa foi aberta em novembro de 2011, visando também centralizar a comercialização direta das fazendas para os mercados.

Angus e Hereford

É a marca genérica de todos – desde o mais humilde peão até o mais exigente consumidor. Ou seja, é marca de carne registrada, de propriedade da, Panazzolo Com. de Carnes Lt., em São Leopoldo/RS, que se destaca pela comercialização exclusiva de carne de novilhos de alta qualidade das raças Angus e Hereford das melhores fazendas do Rio Grande do Sul.

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A marca Nossa Carne do Rio Grande do Sul, também é registrada como:

 Programa de produção, transformação e comercialização de bovinos de corte com tecnologia para alta qualidade de carne e couro.

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BeefPoint: Quais são os maiores desafios para quem trabalha apenas com carne de qualidade?

Aleri Panazzolo: Diretamente é atingir escalas de vendas. É fazer o consumidor se interessar pelo assunto, carne bovina, alimento saudável. É também fazer o consumidor de carne perceber as diferenças de escolher um produto seguro para sua alimentação, transmitir a informação e ser aceita pelo consumidor, enfim – fazer ele entrar na casa a primeira vez.

BeefPoint: O que precisa evoluir no setor de restaurantes e casas de carne para que aumente a comercialização de carne de qualidade?

Aleri Panazzolo: Ter marca de carne com escala e qualidade. Além de investimentos em publicidade, marketing e campanhas de divulgação. Fazer as pessoas conhecerem o produto também é preciso!

Sabemos que todos podem comprar carne de qualidade, uma vez que os cortes vão de R$ 12,00 a R$ 50,00/kg e são do mesmo novilho de qualidade, ou seja, tem carne de qualidade para todos os bolsos.

BeefPoint: Quais as ações você tem feito para fidelizar o cliente que está buscando carne bovina com marca?

Aleri Panazzolo: Manter a qualidade constante, não deixar faltar os corte preferidos, pedir que façam reservas por telefone, informar origem e processos de produção, falar das questões sociais do campo, que está ficando sem gente, comentar da fragilidade de não conhecermos quem produz nosso alimento mais importante, transmitir confiança e responsabilidade técnica sobre o alimento, etc.

BeefPoint: O que deveria ser feito para melhorar o marketing da carne no Brasil?

Aleri Panazzolo:  Definir quem é o responsável por informar ao consumidor o que é carne de qualidade, por que a maioria dos consumidores leigos no assunto não sabem distinguir. Também é preciso ter coragem de dizer ou informar na embalagem ou no jornal, rádio ou televisão, ou por sinais de fumaça, que tipo de boi cada produtor produz e o que cada mercado vende.  

BeefPoint: Em sua opinião qual o país é referência na produção de carne com qualidade? O que ele tem feito de diferente?

Aleri Panazzolo: Uruguai é o principal, pela sua pouca área, investiu em técnicas operacionais e se destacou aos olhos do mundo, e nos deu de goleada em termos de qualidade e valor de mercado, seu reconhecimento no mundo; merecendo boas cotas para exportação.

Temos também, a Argentina com sua genética e profissionalismo. Nova Zelandia e Austrália pela persistência e superação de dificuldades, e com muito profissionalismo atingiram metas em escala comerciais mundiais invejáveis.

Os Estados Unidos são referência em quase tudo, mas na pecuária é fantástico. Organização, processos empresariais, técnicas muito bem aplicadas – são fortes, não quebram.

Assim, temos que copiá-los para aprender fazer e depois desenvolver, pois se não vamos ficar só olhando. Nós temos que aprender fazer bem 1 para fazer 1 milhão, 100 mais ou menos não vai a lugar nenhum.

BeefPoint: Quais são marcas de carne no Brasil hoje que considera referência?

Aleri Panazzolo: Podia destacar algumas, mas todas fogem do meu princípio. A marca de carne para ser legítima tem que indicar o produtor e o processo de produção.

É um absurdo ainda hoje os frigoríficos não relacionarem cada animal ao seu produtor. Nota fiscal de produtor deve seguir com o produto até o consumidor. Questões econômicas, sociais e processos tecnológicos de produção, transportes e abate, precisam estar identificados e disponíveis ao consumidor, pois se o consumidor questionar legalmente a origem, quando sofrer algum problema de saúde, como fica?

BeefPoint: O que você fez em 2013 que te trouxe mais resultados?

Aleri Panazzolo: O aprendizado no comércio, retorno dos clientes, com satisfação e que valorizam uma boa carne, são frutos de um bom trabalho. Para isto, realizei estudos sobre rendimento em cortes das carcaças, conforme peso x resultado econômico dos cortes e resultado econômico da venda final com relação a produção e o comércio na prancha.

Na produção animal, tive bons resultados também, com a produtividade do tifton 85 irrigado, lotação/ha de vacas de cria e produção de feno e lavouras de milho irrigadas para silagem 0 com alta qualidade e produtividade. Um sistema de produção agradável, confinamento de bovinos, confirmando ganho de peso e bem-estar dos animais, além de trabalhar em projetos com alta tecnologia e capacitação de operadores e gerentes.

BeefPoint: O que você pretende fazer em 2014? Quais seus planos?

Ampliar programas de marketing e divulgação da marca Nossa Carne do Rio Grande do Sul, nos melhores estabelecimentos comerciais e de consumo, e aos consumidores em parceria com os produtores de bovinos. Pretendo também evoluir no comércio de carnes de qualidade e “carne limpa”, pois temos a matéria prima e sabemos como produzi-la.

  • Há muitos outros planos para 2014:
  • Aumentar as escalas de produção de reprodutores nas cabanhas,
  • Aumentar a criação de terneiros,
  • Concluir a construção de dois grandes confinamentos no Rio Grande do Sul – juntos vão produzir mais de 10.000 cabeças de novilhos ao ano.

Enfim, vamos acelerar a marcha da pecuária de corte no Rio Grande do Sul!

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BeefPoint: Além de oferecer carne de qualidade, qual é o diferencial do sua casa de carnes?

Aleri Panazzolo: É uma instalação profissional e possui todos os requisitos técnicos necessários, além de ser a única casa de carnes que conheço, que é de um técnico em produção de bovinos de corte e administrada por uma profissional da nutrição humana, com sua responsabilidade técnica. Como profissional de produção saber a aceitação e o valor do produto é um diferencial.

O grande diferencial se expande por diversos ramos da atividade por ser dono e estar por dentro da realidade. Ser dono do estabelecimento comercial é uma fonte de informação muito valiosa no meio dos consumidores. 

BeefPoint: O que é necessário para ter uma case de carnes de sucesso, referência em qualidade?

Aleri Panazzolo: Ter uma boa instalação, estar bem localizado, ter uma boa equipe para atendimento. 

BeefPoint: Como é a relação com seu fornecedor? Quem é seu principal fornecedor?

Aleri Panazzolo: Nossa relação com o fornecedor é muito boa. Ele manda o produto que pedimos e nós o pagamos. Se o produto não estiver conforme o pedido é devolvido e ele manda outro e acerta. Ou seja, ele tem potencial e confiamos nele. É um bom frigorífico, abate em torno de 200 cabeças por dia e compra das melhores fazendas do estado.

BeefPoint: Que mensagem você deixaria para aqueles que desejam trabalhar com carne de qualidade em nosso país.

Aleri Panazzolo: Sem qualidade não se deve fazer nada, pois diferenciar o que é qualidade alta, média ou baixa, é uma necessidade, para não passar vergonha. Respeito ao outro, respeito ao consumidor é a maneira de merecer confiança. Ter confiança e credibilidade – é bom, pois os negócios ficam fáceis e tudo vai bem.

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