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Conflito no Oriente Médio pode afetar carnes uruguaias

Os portos da Argélia e da Líbia estão fechados pelo conflito político no Oriente Médio e na África do Norte e já não recebem mercadoria, de forma que o Uruguai não pode fazer negócios de carne com destino a vários mercados que, ainda que sejam marginais para os frigoríficos uruguaios, pagam bem por determinados produtos ou ajudam a vender a carcaça completa, melhorando a equação econômica da planta frigorífica, disseram operadores de mercado que negociam com esses destinos de exportação.

Os portos da Argélia e da Líbia estão fechados pelo conflito político no Oriente Médio e na África do Norte e já não recebem mercadoria, de forma que o Uruguai não pode fazer negócios de carne com destino a vários mercados que, ainda que sejam marginais para os frigoríficos uruguaios, pagam bem por determinados produtos ou ajudam a vender a carcaça completa, melhorando a equação econômica da planta frigorífica, disseram operadores de mercado que negociam com esses destinos de exportação.

No momento, os operadores uruguaios não estão alarmados, mas admitem que, se o conflito político no Oriente Médio e na África do Norte piorar, será complicado vender carne. Hoje, o país mais prejudicado em termos de vendas de carnes é o Brasil, porque tem uma forte dependência em suas vendas aos países árabes.

Dentro do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), o tema ainda não foi analisado, mas seu presidente, Luis Alfredo Fratti, disse que, se o conflito piorar, os negócios poderão ser prejudicados nessa região. Ele relativizou o impacto que poderia chegar a ter um freio nos negócios, considerando que esses negócios são marginais para a indústria frigorífica uruguaia.

Egito, Argélia, Líbia, Irã e Iraque são compradores – em muitos casos, ocasionais -, de cortes dianteiros, miúdos bovinos, carne de vaca em cortes, assados e também compram carne em bloco, com uma porcentagem de gordura de 10% e 90% da carne, explicaram os operadores. Esses blocos são os mesmos que vão aos Estados Unidos para a indústria de hambúrguer e estão compostos por recortes de carne produzidos durante a desossa.

A esses destinos também se soma a Jordânia, que é um forte comprador de gado em pé. Até agora, as empresas que compram gado em pé para exportação e cujos animais geralmente têm por destino o Oriente Médio continuam ativas.

A Argélia, além de carne bovina congelada e fresca, também compra pescado congelado, preparações de conservas à base de pescado; leite e nata concentradas ou com adição de açúcar; manteiga e gordura do leite. Também importa bovinos em pé, operação que, em 2010, gerou U$ 2,7 milhões. O Egito, além da carne, também compra couro bruto (equinos, bovinos e ovinos); soja; lãs não cardada, produto que no ano passado gerou US$ 196.600, além de arroz.

Para o Irã, que é um grande importador de arroz uruguaio, o Uruguai chegou a um acordo por uma cota de até 50.000 toneladas de cortes ovinos e bovinos, tanto para carne desossada como para carne com osso.

O Iraque também compra arroz uruguaio, animais em pé, carne bovina fresca e congelada, e carne ovina, além de vísceras como intestino, bexiga e estômago congelado.

Finalmente, a Líbia é um cliente do Uruguai no setor de carne ovina e, no ano passado, comprou US$ 1,7 milhão.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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