A terceira e última análise de tecido cerebral de um animal abatido em um frigorífico que abastece a rede McDonald’s na Europa, realizada ontem, confirmou o primeiro caso de doença da vaca louca da Itália, segundo reportagem publicada hoje no Valor Online. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde do país. Os testes foram realizados em Turim.
Desde que o ministério anunciou, no sábado, que os primeiros testes com tecidos indicaram que o animal provavelmente sofria do mal que leva à degeneração cerebral, a Itália ficou em estado de alerta – e a informação de que o matadouro abastece os restaurantes da McDonald’s na Itália e em outros países europeus só aumentou os temores.
Alguns cientistas suspeitam que a doença pode ser transmitida às pessoas que ingerem partes contaminadas. O mal permanece sem cura até hoje. Até este caso, a Itália era considerada livre da doença da vaca louca, ao passo que em outros países, incluindo a vizinha França, multiplicava-se o número de contaminações.
A rede americana McDonald’s declarou na segunda-feira que estava estendendo todo o seu apoio ao seu fornecedor italiano e assegurou que “a qualidade, o certificado de procedência e a segurança” de sua carne protegem plenamente os consumidores.
Estima-se que as demais 190 vacas da fazenda em Brescia, no norte da Itália, em que a vaca leiteira contaminada foi criada, devem ser abatidas por precaução.
Os testes compulsórios da UE, que tem por objetivo monitorar a disseminação da doença, é que descobriram o mal na Itália.
fonte: Valor Online