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Confira os resultados de produção de bovinos do Brasil no 4º trimestre de 2013 [IBGE]

Informações sobre o abate de animais em 4T13

No 4º trimestre de 2013, o abate de bovinos no Brasil atingiu pela terceira vez consecutiva recorde na série trimestral, com a marca de 8,888 milhões de cabeças abatidas  (Gráfico I.1). Esse valor foi 0,3% mais alto que o recorde do trimestre anterior (8,859 milhões de cabeças) e 8,6% superior ao valor registrado no 4º trimestre de 2012.

Nos comparativos anuais dos mesmos trimestres, o 4º trimestre de 2013 foi o nono trimestre consecutivo em que tem sido observado aumento da quantidade de bovinos abatidos.

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Por não haver variações acentuadas no peso médio das carcaças de bovinos, sobretudo em nível nacional e entre os mesmos períodos do ano, a série histórica trimestral do peso acumulado das carcaças tende acompanhar a evolução da série histórica do abate de bovinos.

Desta forma, a produção de carcaças de bovinos, no 4º trimestre de 2013, também foi recorde pela terceira vez consecutiva, com a marca de 2,138 milhões de toneladas (Gráfico I.2). Este valor foi 0,7% maior que o recorde alcançado no trimestre imediatamente anterior e 9,6% superior ao valor registrado no 4º trimestre de 2012. O 4º trimestre de 2013 também foi o nono trimestre consecutivo em que se tem sido observado aumento da produção de carcaças de bovinos nos comparativos anuais dos mesmos trimestres.

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O aumento das exportações de carne bovina foi um dos principais contribuintes para o aumento dos índices de produção de carne bovina no Brasil. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o desempenho das exportações brasileiras de carne bovina in natura no 4º trimestre de 2013 foi superior ao do trimestre imediatamente anterior e ao do mesmo período de 2012, tanto em volume quanto em faturamento (Tabela I.1).

Quanto ao preço médio da carne bovina exportada, houve recuo de 3,3%, no comparativo anual dos quartos trimestres, e aumento de 4,8%, no comparativo com o trimestre imediatamente anterior.

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Rússia (com 19,6% de participação), Venezuela (18,1%), Hong Kong (16,5%), Egito (12,0%), Irã (8,7%), Chile (5,6%), Itália (2,4%), Angola (1,5%), Líbia (1,5%) e Argélia  (1,3%) foram os dez principais países importadores da carne bovina in natura do Brasil, respondendo juntos por 87,3% das importações no 4º trimestre de 2013. Neste período, 71 países importaram esse produto do Brasil.

Em nível nacional, o incremento de 700.409 cabeças bovinas abatidas no 4º trimestre de 2013, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, teve como destaque, em ordem decrescente de incremento: Mato Grosso (+140.095),  Goiás(+112.429), Pará (+100.177), Minas Gerais (+96.402), Rondônia (+89.686), Tocantins (+51.730) e Bahia (+39.044).Todas essas UFs também apresentaram aumento nas exportações de carne bovina in natura (Tabela I.2).

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De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, de outubro a dezembro de 2013 o índice da carne bovina foi de 6,48%, estando acima do índice geral da inflação registrado para o período (2,04%). O incremento dos preços da carne bovina no último trimestre do ano é incentivado pela maior procura do produto para as festas de final de ano e em parte pelo recebimento do 13º salário, aumentando o consumo de carne bovina, além da diminuição da oferta de animais gordos alimentados a pasto ao final da época de estiagem.

Por outro lado, no acumulado de 2013, o índice da carne bovina (4,29%) ficou abaixo do índice geral da inflação (5,91%), devido à retração dos preços da carne bovina nos dois primeiros trimestres do ano.

Segundo o indicador ESALQ/BM&F Bovespa do Cepea, o preço médio da arroba bovina de outubro a dezembro de 2013 foi de R$ 110,01, variando de R$ 107,46 a R$ 114,79. No mesmo período do ano anterior, o preço médio da arroba foi de R$ 96,48, variando de R$ 94,58 a R$ 98,22, representando aumento médio anual de 14,0%.

Na participação de machos e fêmeas no abate total de bovinos, verificou-se que no 4º trimestre de 2013 houve quebra do aumento crescente da participação de fêmeas que tem ocorrido sucessivamente nos quartos trimestres, desde o 4º trimestre de 2009 (Gráfico I.3).

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Mato Grosso do Sul (-46.346 cabeças de fêmeas abatidas), São Paulo (-13.823), Mato Grosso (-12.270) e Rio Grande do Sul (-8.338) foram as Unidades da Federação (UFs) com maior diminuição absoluta da quantidade de fêmeas abatidas no 4º trimestre de 2013, comparativamente ao mesmo período de 2012.

Todas essas UFs também apresentaram aumento da quantidade de machos abatidos, contribuindo ainda mais para diminuição da participação das fêmeas, com destaque ao Mato Grosso, que além de ser o maior abatedor de bovinos do Brasil (Gráfico I.4) também foi a UF com maior aumento absoluto de abate de bovinos machos (+152.365 cabeças).

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Mato Grosso do Sul, apesar de ter apresentado decréscimo de 1,4% na quantidade de cabeças abatidas, apresentou incremento no peso total das carcaças produzidas de 0,5%, devido à diminuição da participação de fêmeas no abate total – que em geral são mais leves que os machos.

Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 4º trimestre de 2013, 1.259 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 216 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 411 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 632 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 78,8%; 15,9% e 5,4% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as UFs apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

II – Produção Animal no acumulado do ano de 2013

1. Abate de animais
1.1 – Bovinos

Em 2013, o abate de bovinos no Brasil alcançou pelo segundo ano consecutivo recorde histórico na série anual, com a marca de 34,412 milhões de cabeças abatidas (Gráfico II.1). Esse valor foi 10,6% mais alto que o recorde alcançado no ano anterior (31,119 milhões de cabeças).

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Por não haver variações acentuadas no peso médio das carcaças de bovinos, sobretudo em nível nacional e no acumulado do ano, a série histórica anual do peso acumulado das carcaças tende acompanhar a evolução da série histórica do abate de bovinos. Assim, a produção de carcaças de bovinos também alcançou em 2013 seu segundo recorde consecutivo na série histórica, com a marca de 8,167 milhões de toneladas (Gráfico II.2).

Esse valor foi 11,1% mais alto do que o recorde alcançado no ano anterior (7,351 milhões de toneladas).

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O aumento das exportações de carne bovina foi um dos principais contribuintes para o aumento dos índices de produção de carne bovina no Brasil. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 2013 as exportações brasileiras de carne bovina in natura aumentaram 25,3 em quantidade e 19,2% em faturamento, em relação ao ano de 2012

(Tabela II.1). Rússia, Hong Kong, Venezuela e Egito foram responsáveis por 68,5% das exportações de carne bovina in natura do país. O maior faturamento em 2013 foi assegurado pelo maior volume exportado, haja vista que o preço médio das exportações (US$ FOB/kg 4.524) recuou 4,8% em relação ao de 2012 (US$ FOB/kg 4.754).

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De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, de janeiro a dezembro de 2013 o índice acumulado para carne bovina foi de 4,29%, ficando abaixo do índice geral da inflação registrado para o período (5,91%). O Gráfico II.3 mostra que nos dois primeiros trimestres de 2013 ocorreu redução dos preços da carne bovina. Entretanto, nos dois trimestres subsequentes, em especial, no 4º trimestre de 2013 houve incremento dos preços dos cortes de carne bovina ofertada ao consumidor. Esse aumento geralmente ocorre em todos os anos devido ao aumento da demanda do produto para festas de final de ano, aumento do consumo preferencial de carne bovina em virtude do aumento de poder aquisitivo no período, ocasionado pelo recebimento do 13º salário, e a redução da oferta de animais gordos alimentados a pasto ao final da época de estiagem.

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Segundo o indicador ESALQ/BM&F Bovespa do Cepea, o preço médio da arroba bovina em 2013 foi de R$ 102,64, variando de R$ 97,02 a R$ 114,79. No ano anterior, o preço médio foi de R$ 94,80, variando de R$ 88,71 a R$ 99,81. No comparativo 2013/2012, houve aumento do preço médio da arroba em 8,3%.
No ranking do abate de bovinos por Unidades da Federação (UFs) Mato Grosso continuou na liderança em 2013, apresentando aumento de 16,4% na quantidade de cabeças abatidas em relação ao ano anterior (Gráfico II.4).

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O incremento de 3.293.117 cabeças bovinas abatidas em 2013, comparativamente à 2012, teve como destaque as seguintes UFs, em ordem decrescente de incremento de cabeças: Mato Grosso (+822.140), Minas Gerais (+552.505), Goiás (+543.480), Pará (+269.633), Rondônia (+242.785), São Paulo (+200.467), Tocantins (+144.088), Bahia (+136.839) e Mato Grosso do Sul (+132.000), Todas essas UFs também apresentaram aumento nas exportações de carne bovina in natura (Tabela II.2).

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Na participação de machos e fêmeas no abate total de bovinos, verificou-se aumento em 2013 do abate de fêmeas pelo terceiro ano consecutivo (Gráfico II.5), embora tenha havido diminuição no abate de fêmeas no 3º e 4º trimestre do ano, em relação a 2012 (Gráfico I.3).

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Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, na média dos quatro trimestres de 2013, 1.291 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 214 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 420 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 657 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 78,8%; 15,9% e 5,4% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as UFs apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

Tabela III. Resultados Consolidados

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Fonte: IBGE, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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