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Confinamento de bovinos bateu recorde no Brasil em 2021, diz DSM

O número de bovinos em confinamento bateu recorde em 2021, segundo dados divulgados hoje pela DSM, dona da marca de suplementos animais Tortuga. A pesquisa da múlti holandesa apontou que 6,5 milhões de animais foram confinados neste ano até o início de dezembro, com crescimentos de 2% ante 2020 (6,4 milhões) e de 37% em relação a 2015, o primeiro ano do censo (4,7 milhões). 

O gerente técnico de confinamento da DSM, Hugo Cunha, afirma que o número poderia ter sido ainda maior, se não fosse a suspensão das exportações de carne bovina para a China, em setembro, que derrubou por algumas semanas o preço da arroba e pressionou a rentabilidade dos pecuaristas. 

“Nossa estimativa inicial era de uma rentabilidade de 2% a 4% ao mês para este ano. Quem fechou o primeiro giro [entre março e maio] conseguiu no começo algo menor, em torno de 1% ao mês”, disse, em encontro com jornalistas.

“Depois do ‘efeito China’, começamos a ver a rentabilidade diminuir a ponto de se tornar negativa, de 5% a 10% ao mês, chegando a R$ 1 mil de prejuízo para quem não conseguiu segurar os animais no momento do embargo”, acrescentou. 

Neste ano, o maior crescimento registrado foi no Estado de São Paulo – alta de 17%, para 1,12 milhão de bovinos confinados. Outro avanço expressivo foi no Paraná, de 16%, para 379 mil animais. Mato Grosso, maior rebanho do país, confinou 1,38 milhão de bovinos, alta de 1%, enquanto em Goiás, outro grande produtor, o número permaneceu estável em 1,07 milhão. 

Para 2022, a companhia afirma ser cedo para projetar custos, mas estima que será um ano bem mais favorável para o pecuarista confinar do que foi 2021. “O ponto positivo é que podemos ter custos mais controlados. Este ano, o custo foi 80% superior com quando comparado com 2020. Uma diária, que era de R$ 9, foi para R$ 18 e até mais que R$ 20, em algumas regiões”. 

Emissões de metano 

Ainda no evento, a DSM afirmou que em janeiro começará a distribuir no Brasil o Bovaer, seu aditivo para ruminantes que promete reduzir em, no mínimo, 55% as emissões de metano entérico dos animais. 

A empresa fará os primeiros testes em larga escala do produto em um confinamento da JBS em Rio Brilhante (MS), após as duas companhias firmarem parceria durante a COP 26, em Glasgow, na Escócia. 

No entanto, a comercialização do produto diretamente ao pecuarista segue em aberto, uma vez que a DSM disse estudar a melhor forma de colocar o produto no mercado

Fonte: Valor Econômico.

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