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Confinamento começa a influenciar nos abates em Mato Grosso

O volume de bovinos abatidos em Mato Grosso aumentou quase 25% em outubro na comparação com os dados de setembro. Conforme dados divulgados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) e analisados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a ampliação da oferta reflete a chegada de animais oriundos dos confinamentos.

Foram abatidos no mês passado 498,13 mil bovinos, aumento de 24,24% ante o mês de setembro. “Esse resultado esteve atrelado, em boa parte, às entregas dos animais oriundos de confinamento aos frigoríficos, visto que outubro é um dos principais meses de entregas de confinamento. Isto pode ser evidenciado pela quantidade de bovinos machos abatidos entre 12 e 24 meses, que atingiram o seu maior número da série histórica do Indea/MT no último mês, com 99,77 mil cabeças. Além disso, em outubro o preço da arroba registrou sua maior média mensal de 2018, de R$ 133,93 à vista, o que motivou os pecuaristas a fecharem negócios”, avaliam os técnicos do Imea.

Como destacam ainda, com o bom desempenho nas linhas de abate em grande parte deste ano, 2018 tende a se encerrar com crescimento no volume de bovinos abatidos, impulsionado principalmente pelas fêmeas.

Durante o mês de outubro foi realizado pelo Imea, o último levantamento sobre as atividades dos confinamentos mato-grossenses em 2018. Ao todo foram entrevistados 145 (70,05%) dos confinamentos, de uma base de 207 unidades em todas as regiões de Mato Grosso. O total de animais confinados em 2018 ficou 5,10% acima da primeira pesquisa realizada durante o mês de abril/18, quando os confinadores de Mato Grosso afirmavam esperar fechar 707,68 mil bovinos em seus cochos. Além disso, este é o maior montante confinado dos últimos seis anos, demonstrando assim o avanço deste tipo de engorda em Mato Grosso.

Assim como em 2016, um dos grandes problemas para os confinadores de Mato Grosso em 2018 foi o custo de produção, principalmente com a compra e a alimentação dos animais. O milho, principal concentrado energético das rações nos confinamentos, está em média 21,85% mais caro em 2018 quando comparado a 2017. O farelo de soja, concentrado proteico presente em muitas rações, tem um preço 35,86% maior que o registrado em 2017. Por outro lado, a torta de algodão, possível alternativa ao farelo de soja, acumula desvalorização de 31,56% no comparativo anual, o que a tornou uma opção atrativa ao confinador durante este ano.

Fonte: Diário de Cuiabá

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