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Confiança do agronegócio recua 1,9 ponto no 4º tri, para 104,4 pontos

O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), medido pelo Departamento do Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), recuou para 104,4 pontos no 4º trimestre de 2016. Apesar da queda de 1,9 ponto em relação ao trimestre anterior, o índice alcança o mesmo patamar observado em 2013, o melhor da série histórica para o período. O resultado reflete a percepção sobre as condições gerais da economia, cujos sinais de recuperação ainda são tímidos.

Apesar da variação negativa do ICAgro no trimestre analisado, os produtores e empresas que compõem o agronegócio mantiveram-se na faixa de pontuação otimista – acima de 100 pontos. De acordo com a metodologia do estudo, uma pontuação igual a 100 pontos corresponde à neutralidade. Resultados abaixo disso indicam baixo grau de confiança.

Já o Índice de Confiança da Indústria antes da porteira somou 108,8 pontos no 4º trimestre, um avanço de 0,6 ponto quando comparado ao trimestre anterior. A pontuação atingida é a segunda mais alta da série histórica, perdendo apenas para o computado no mesmo período de 2013, que ficou em 109,8 pontos. O resultado é coerente com a realidade do mercado: a indústria de fertilizantes, por exemplo, fechou 2016 com entregas recordes, ultrapassando 33,5 milhões de toneladas.

No caso dos fabricantes de máquinas agrícolas, de acordo com os dados da Anfavea, embora no acumulado do ano as vendas tenham caído quase 3%, no segundo semestre mostrou um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2015.

Na Indústria depois da porteira, formada preponderantemente pelo setor de alimentos, o índice foi de 104,6 pontos, avanço de 1,2 ponto no fechamento do trimestre. “No final de 2016, houve melhoras nos indicadores de mercado de alguns setores industriais avaliados e, de forma geral, existe o sentimento de que “o pior já passou” e que o cenário é de alguma recuperação, ainda que lenta e mais centrada no segundo semestre de 2017”, avalia Antonio Costa.

Para o Índice do Produtor Agropecuário, o resultado foi de 102,5 pontos no último trimestre de 2016, recuo de 5,7 pontos em relação ao trimestre anterior. O nível de confiança do produtor agrícola interrompeu uma trajetória de alta que vinha se mantendo por cinco trimestres consecutivos e atingiu 105,6 pontos, recuo de 5,1 pontos quando comparado ao 3º trimestre. Ainda assim, os produtores agrícolas mantiveram-se na faixa considerada otimista.

“Esse comportamento se deve basicamente ao arrefecimento nos ânimos dos produtores em relação às condições da economia do país, influenciado pela divulgação de dados ainda negativos da atividade econômica no último trimestre do ano passado, onde já era esperada alguma reação. No entanto, em comparação com o 3º trimestre, a confiança dos produtores aumentou nos quesitos produtividade e disponibilidade de crédito, ainda havendo preocupação quanto ao recuo nas cotações das commodities agrícolas – como a soja e o milho – no segundo semestre”, avalia Marcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Por fim, o produtor pecuário registrou 93,2 pontos, queda de 7,5 pontos. De todos os setores avaliados para a composição do IC Agro, o pecuário foi o único que se situou abaixo de 100 pontos, na faixa considerada pessimista. Essa perda de confiança reflete, basicamente, a queda nos preços. As cotações do boi gordo na BM&F chegaram em dezembro a patamares 3,6% mais baixos do que em junho, quando se registrou o valor máximo do ano, que foi de R$ 162,00 por arroba.

Fonte: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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