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Comunicado oficial da ABCZ sobre touros Hamurabi da Matinha e Jayamu da Matinha, e outros 8 com não conformidades na paternidade

Leia abaixo comunicado oficial da ABCZ, enviado ao BeefPoint.

Resultados oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento das verificações de parentesco de touros da raça Nelore

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento comunicou ao Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas, delegado à ABCZ, o resultado oficial das verificações de parentesco de touros da raça nelore, cujas possíveis não conformidades foram apontadas por estudo conduzido pela Conexão Pecuária para o Melhoramento Genético, Unesp Araçatuba e Unesp Jaboticabal, enviado ao MAPA pela ABCZ.

Do grupo inicial de 15 touros apontados pela pesquisa como tendo possíveis erros de paternidade, restaram confirmadas 10 (dez) não conformidades e outros 5 (cinco) touros confirmaram sua paternidade originalmente declarada ao SRGRZ, nestes casos, demonstrando uma margem de erro na própria pesquisa – a principal razão para que os testes fossem refeitos oficialmente.

Dos 10 (dez) touros testados, 8 (oito) já tiveram suas reais paternidades confirmadas dentro do processo conduzido diretamente pelo MAPA e 2 (dois) aguardam novos laudos de confirmação.

Os dois touros aguardando identificação de paternidade são Emergido de Naviraí (CSCN8633) e B8369 da MN (MANA8369) e, nos dois casos, os laudos não os qualificaram com os pais declarados ao SRGRZ e tampouco com os possíveis pais apontados pela pesquisa. Para ambos, novas análises serão feitas até que restem estabelecida as paternidades.

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Os resultados dos oito touros com processo concluído podem ser verificados no quadro abaixo. A ABCZ esclarece que os procedimentos de correção dos pedigrees serão feitos de forma imediata e que, frente aos resultados verificados, duas soluções já foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo Técnico – CDT das raças zebuínas e homologadas pelo MAPA, que são:

1- Para os touros cuja paternidade foi alterada para outro genitor da mesma categoria de registro (PO), os documentos anteriormente emitidos serão recolhidos e um novo documento, com a nova paternidade, será emitido.

2- Para os touros cuja paternidade foi alterada para outro genitor que não se enquadra nas regras do registro genealógico (uso não permitido de touros da categoria LA), que são os casos de Hamurabi da Matinha (RDM2054) e Jayamu da Matinha (RDM2885), os procedimentos contidos no Art. 153 do Regulamento do SRGRZ serão adotados:

Art. 153 – Os procedimentos que serão aplicados aos reprodutores da raça Nelore, Hamurabi da Matinha, inscrito no SRGRZ sob o número RDM2054, e Jayamu da Matinha, inscrito no SRGRZ sob o número RDM2885, assim como aos produtos declarados ao SRGRZ como descendentes diretos ou indiretos desses reprodutores, encontram-se na página seguinte, que passa a fazer parte integrante deste Regulamento, independente de outras determinações nele contidas.

Parágrafo Único – O prazo para aplicação dos procedimentos citados no caput deste Artigo expira em 31 de dezembro de 2015, sendo que, após esta data, os produtos não regularizados junto ao SRGRZ terão seus registros cassados.

Definições:

Procedimentos a serem adotados nos casos específicos dos reprodutores Hamurabi da Matinha, inscrito no SRGRZ sob o número RDM2054, e Jayamu da Matinha, inscrito no SRGRZ sob o número RDM2885, assim como aos produtos declarados ao SRGRZ como descendentes diretos ou indiretos desses reprodutores.

Será eliminada a linha paterna de Hamurabi da Matinha (RDM2054) e de Jayamu da Matinha (RDM2885) com manutenção da linha materna, que passarão a ser considerados como Livro Aberto de primeira geração (LA1), mas terão garantido o direito de serem utilizados na seleção nas condições especificadas a seguir.

Vale ressaltar que o uso de touros LA se restringe, salvo exceções já previstas no Regulamento do SRGRZ, a estes reprodutores e aos produtos descendentes destes reprodutores e nas condições aqui mencionadas.

Os reprodutores Hamurabi da Matinha (RDM2054) e Jayamu da Matinha (RDM2885), transformados em LA1, poderão ser utilizados em monta natural ou controlada sem restrições, mas a industrialização e comercialização de seus respectivos materiais genéticos (sêmen) somente poderão ser feitas dentro de um período de 2 (dois) anos, contados a partir da aprovação deste regulamento pelo MAPA.

Do acasalamento desses reprodutores (LA1) com produtos PO ou com LA de segunda geração (LA2) resulta produto igualmente Livro Aberto, mas de segunda geração (LA2). O produto oriundo desse Livro Aberto (LA2) se acasalado com PO (Puro de Origem) ou com LA2 será PO.

Do acasalamento desses reprodutores (LA1) com fêmeas LA1 resultarão produtos LA1. Esse animal LA1, resultante desse tipo de acasalamento, se acasalado com outro animal PO ou um LA2, produzirá um animal LA2 e daí por diante seguem-se os procedimentos normais em vigor.

Esses procedimentos terão validade de aplicação até 31 de dezembro de 2015, sendo que, findo esse prazo, os produtos não regularizados terão automaticamente seus registros cassados. Esquematicamente e exemplificando os procedimentos supramencionados e considerando que o primeiro animal se refere aos reprodutores Hamurabi da Matinha (RDM2054) ou Jayamu da Mati- nha (RDM2885), que eram PO e foram transformados em LA1, a aplicação dos novos conceitos levaria às seguintes possibilidades, que passam a ser permitidas excepcionalmente:

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O comunicado pode ser baixado aqui.

Fonte: ABCZ.

3 Comments

  1. Jose Ricardo S Rezende disse:

    Qualquer serviço de registro genealogico esta sujeito a erros. O que é preciso é uma estratégia para detecta-los e corrigi-los. O trabalho da Conexão ajudou na detecção de alguns erros em animais elitee o MAPA definiu as ações corretivas pertinentes.Testes de paternidade já em 100% dos doadores de sêmem.

  2. José Manuel De Mesquita disse:

    Pois é… Erros desta natureza não deveriam ocorrer, afinal não foram poucos e em pelo menos um deles o erro não é pequeno, afinal o Touro Backup não é qualquer um, com a quantidade de filhos e semem já produzidos… Pelo visto o Touro Gabinete apesar da baixa qualificação, é tão bom quanto o Legendário Fajardo… Critérios políticos financeiros prevalecem sobre os critérios técnicos…

    Seria interessante que a ABCZ, esclarecesse como erros como estes acontecem…

  3. José Manuel De Mesquita disse:

    Ações corretivas em geral são determinadas após conhecer as condições que possibilitaram tais erros… E aí? alguém sabe o que aconteceu?

    Tenho a leve impressão que as regras só valem para os que não tem condições de se sentar na mesa onde a comida é farta e paga pelos outros.

    O tal sistema de Registro, seguro e confiável que a ABCZ tanto alardeava, não está imune aos interesses vigentes…

    Como não explicaram o que aconteceu pode-se pensar que: Muita procura por determinado semem, Touro não produz tanto quanto o mercado quer… O que fazer? aumentar o volume do semem ofertado com semem de outros animais tão bons quanto o desejado… semem de múltiplos reprodutores compartilhando a mesma palheta… podem gerar filhos tão bons como BackUp, com preços de venda Fajardo, a preço de custo Gabinete…

    O tamanho da fraude, ops! quero dizer “engano”, só poderá ser determinado com exames de DNA de todos seus descendentes… mas, isso não interessa aos atores da peça em questão.

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