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Como será o confinamento de 2010?

Com a proximidade do período de seca, o mercado já começa a se movimentar em torno da questão do confinamento. Por enquanto, ainda é uma incógnita. Ninguém dispõe de números fechados sobre o volume de animais que serão fechados, mas o mercado sinaliza crescimento com a recuperação da arroba do boi. "A decisão vai depender de três fatores fundamentais: preço do boi magro, custos de engorda (confinamento) e preço de comercialização", afirma o diretor executivo da Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR/MT), Paulo Resende. Na sua opinião, o número de animais confinados irá crescer em 2010?

Com a proximidade do período de seca, o mercado já começa a se movimentar em torno da questão do confinamento. Por enquanto, ainda é uma incógnita. Ninguém dispõe de números fechados sobre o volume de animais que serão fechados, mas o mercado sinaliza crescimento com a recuperação da arroba do boi.

“A decisão vai depender de três fatores fundamentais: preço do boi magro, custos de engorda (confinamento) e preço de comercialização”, afirma o diretor executivo da Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR/MT), Paulo Resende. Segundo ele, o custo de produção está muito alto e o preço final do produto ainda está em patamares aquém do desejado. “O pecuarista deve ter muita cautela antes de decidir se é vantajoso para ele optar pelo confinamento este ano”, recomenda Resende que também é criador.

A opinião de Resende é endossada pelo zootecnista Bruno Andrade, da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon). “É preciso tomar alguns cuidados, como ficar de olho nos custos de produção e nos preços do boi magro, controlar bem a rotina do confinamento e ter uma boa gestão de custo. Se surgir uma boa oportunidade de venda no mercado futuro, o pecuarista não deve pensar duas vezes”.

No ano passado, o volume confinado em Mato Grosso recuou para 497 mil cabeças, contra 536 mil em 2008. Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a capacidade estática de confinamento do Estado é de 668 mil cabeças.

A Assocon também confirma queda no número de animais confinados no país. Nos oito estados onde a entidade tem associados (MT, MS, GO, MG, SP, PR, RJ e MA), a retração foi de 19%. A Assocon representa 20% do mercado de confinamento do país.

De acordo com Bruno Andrade, a queda se deveu à baixa cotação do boi gordo e à regularidade das chuvas, que favorecem a permanência do gado no pasto. “Os animais que seriam confinados ficaram nas áreas de pastagens devido ao menor custo. Além disso, os preços de aquisição do boi magro estavam valorizados e não compensava”.

Ele entende, contudo, que Mato Grosso tem excelentes condições para produção de gado confinado. “O Estado possui matéria-prima em abundância, volume interessante de plantas frigoríficas e está pronto para receber confinamento”.

Na opinião de José Vicente Ferraz, diretor da AgraFNP, sem dúvida nenhuma o sistema de confinamento cresceu muito nos últimos anos. “Só que agora há um crescimento mais limitado no número de animais”, diz. De acordo com o diretor, o pecuarista teve grandes dificuldades para adquirir bois magros e quando os comprou, os preços estavam altos. “o mercado está muito desequilibrado e, para recuperarmos, seria necessário que o sistema de crédito fosse retomado e as exportações voltassem a subir”.

Na sua opinião, o número de animais confinados irá crescer em 2010? Envie sua opinião através do box de cartas do leitor abaixo.

A matéria é de Marcondes Maciel, publicada no Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Claudecir Mathias Scarmagnani disse:

    senhores,

    o segmento esta cada vez mais profissionalizado, parabens pela reportagem, o conteúdo espelha a realidade do mercado.
    que bom que muita gente pense assim. com isso acaba de vez com os especuladores de “momento”, que só entra no mercado para “estragar”o bom trabalho de pessoal sérias, honestas e competentes.

  2. Robson moreira disse:

    Acredito que já caiu o numero de animais confinados e muito, mas também acredito que, os que tiverem condições de confinar, irão ter um ano de resultado positivo.

  3. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Se por um lado o preço do boi subiu e o da ração caiu, indicando uma margem melhor para este ano, por outro lado muitos confinadores tiveram um ano de 2009 dificil, estão descapilizados e muitas das fontes de financiamento da atividade secaram com a crise e ainda não foram reabertas. Além disto a compra do boi magro não esta facil e o bom estado das pastagens complica ainda mais. Por isto acredito que acha uma compensação e confinemos numeros similares aos do ano anterior.

    Att,

  4. francisco dos santos disse:

    Nao acredito que o numero de animais confinados venha a ter alta em 2010, pelo sequinte motivo; preço do boi magro muito proximo ao boi gordo, custo de transporte, comissao, perca por mortalidade, mais custo de raçao\trato diaria superior a 5,00 por dia, onde vai tirar a margem do confinador, final da historia vai trocar 06 por meia duzia, igual ou pior que ano de 2009. na minha opiniao boi tem que ser engordado a pasto, vai voltar os tempos de cria, recria e engorda, e o pecuarista tem que ser doutor ou empresario fazendeiro, caso contrario a vaca vai pro brejo.

  5. Alexandre Laurindo de Oliveira disse:

    Acredito em um pequeno aumento no número de animais confinados em relação ao ano anterior, devido aos preços baixos dos insumos viabilizando assim dietas de auto-grão e a necessidade de quem tem instalações de manter-las operantes para viabilização da mesma. A “falta” de animais magros para confinar se da pela regularização das chuvas que possibilitou aos pecuaristas segurarem os animais para espera de melhores preços, mas evidente que muitos desses animais não conseguiram ser terminados a pastos gerando no futuro uma competição para aquisição desses animais. Outro fator muito importante é o constante aumento dos animais confinados pelos grandes frigoríficos que na maioria das vezes não obtém lucros no confinamento em si, mais na garantia em suas escala na entre safra regulando a arroba nesse período, um modo de se ver isso é a variação da arroba durante o ano se comparado a anos anteriores onde não se tinha números expressivos de animais confinados nem a pratica desses frigoríficos nesse setor.

  6. joao jacintho disse:

    sequizer quebrar ,faca um confinamento em sua fazenda , e depois venda para o friboi , a receita e infalivel, quebrou.A@ vale mais nas aguas q na seca. 1@ de 80 ,nas aguas sobra mais q 1 @ de 100,no cocho. abracos a todos

  7. Fernando Loureiro Lima disse:

    Acredito que o número de animais irá aumentar sim, pouco mais deve aumentar!!!

    Fazendas que já tem o confinamento implantado, e a técnica é utilizada dentro do sistema de produção, para aliviar áreas de pastagem, terminar machos jovens mais rapidamente, e principalmente matrizes de descarte, essas propriedades devem manter o confinamento, o mercado está se recuperando bem, e os preços de ingredientes energéticos estão convidativos.
    Por outro lado a conta deve ser bem feita!!! quem depende da aquisição de animais para confinar tem a margem estreitada em função dos preços da reposição. E quem tem os bois passa a ver a oportunidade de venda de animais antes do confinamento!
    Quem pode vender garrotes de 12 @ por R$ 1.000,00 hoje deve avaliar bem a engorda para decidir se vale a pena vender bois de 17@ por R$ 1.400,00 (17@ x R$ 82,00 – MS). Existe o risco de não atingir esse preço, existe o risco da engorda não ser tão favorável, tem o custo até chegar as 17 @. Cada um irá fazer sua conta.
    O custo estimado no confinamento para essa engorda pode ficar em R$ 320,00- 350,00/an. É perfeitamente viável essa engorda.
    Confinamento tem muito de especulação, se a aposta for de arroba mais alta que R$ 82,00 (preço MS) confine, mas se não estiver tão otimista, aproveite os preços altos de reposição, e oferte seus animais ao mercado.

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