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Como se tornar um grande líder

Por Vizi Andrei

Era 1899 e Winston Churchill decidiu deixar o exército. Muito antes de se tornar o primeiro ministro da Grã-Bretanha e um dos homens mais poderosos do mundo, ele começou a trabalhar como correspondente de guerra em um jornal diário conservador.

Essa decisão parecia natural: enquanto estava no exército, sua mente tinha desejos. Ele se viu escrevendo muitos relatórios militares sobre suas experiências. A certa altura, ele levou seus hábitos de escrita um passo adiante: escreveu dois livros em dois anos consecutivos.

O exército foi difícil. A carreira militar de Churchill foi repleta de batalhas tensas, exercícios excruciantes e muitos distúrbios.

Apesar de seus constantes desafios e responsabilidades, o que é surpreendente nesse homem é que ele sempre encontrava tempo para escrever, refletir, meditar – pensar.

E ele nunca desistiu desse hábito.

Se olharmos através da história, parece que ele não está sozinho. Lucius Annaeus Seneca, um dos estadistas mais influentes de Roma, também escreveu com grande respeito. Sêneca era um homem ocupado: ele tinha crises para resolver, assuntos políticos para administrar, clientes para aconselhar – mas, acima de tudo, uma mente para cuidar.

Contra todas as probabilidades, Sêneca conseguiu escrever dezenas de livros sobre como ser um pensador melhor e um melhor tomador de ação. Marco Aurélio, seu colega estoico, imitava suas práticas: seu caderno servia como ajudante para promover clareza mental e ações pensativas. Agora, esse caderno, amplamente conhecido como Meditações, é provavelmente o trabalho filosófico mais popular de todos os tempos.

Antístenes, o fundador da filosofia cínica, também encontrou refúgio em seus escritos. Em sua juventude, porém, ele provou suas qualidades como lutador. Ele bravamente lutou na batalha de Tanagra. Como era ateniense, sua atitude feroz levou Sócrates a acreditar que seus genes não são puros. Ele argumentou que o filho de dois atenienses não podia ser tão corajoso, já que os atenienses preferiam teorizar sobre coragem a ser corajoso.

O que muitos líderes impressionantes tinham em comum não é uma virtude em preto e branco, mas uma virtude multicolorida.

Há muito tempo, Platão disse que “o mundo só daria certo quando os reis se tornassem filósofos ou quando os filósofos se tornassem reis”. O que ele quis dizer com isso foi: boa liderança acontece quando o poder encontra a sabedoria.

Em outras palavras, precisamos de habilidades espirituais e emocionais, mas também de habilidades organizacionais e práticas para construir líderes confiáveis.

Winston Churchill, como Sêneca, Marco Aurélio ou Antístenes, não pretendia se tornar um homem poderoso ou espiritual; ele pretendia se tornar um homem poderoso e espiritual. Ele era um oficial do exército e escritor; um político e um pintor; um pensador profundo e um corajoso tomador de ação.

Para se tornar um dos líderes mais impressionantes de todos os tempos, Winston Churchill pretendia se tornar rei e filósofo.

* Texto de Vizi Andrei, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.

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