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Como os supermercados estão lidando com a crise do coronavírus e como anda a demanda por carne neste período?

Leandro Rosadas, especialista em gestão de supermercados, disse que, com o coronavírus, o segmento de supermercados precisará aprender a lidar com certas restrições e a trabalhar com certos processos, que ainda não estão acostumados a fazer, como fila com espaçamento adequado entre as pessoas, higienização das lojas. Porém, a venda vai continuar alta. 

No início da crise do coronavírus, as pessoas aumentaram muito suas compras nos supermercados, com aumento de uma a seis vezes nas vendas por dia. Dessa forma, é provável que muitas lojas do segmento de supermercado fechem, porque vão errar no fluxo de caixa, farão investimentos que não devem ser feitos, não vão estocar. 

Segundo ele, a previsão é de que não haja desabastecimento de alimentos, mas talvez haja um desbalanço entre demanda e oferta de comida, igual aconteceu com o álcool gel.

O consumo dos brasileiros vai mudar. O supermercado que não tiver delivery, vai quebrar. Essa que seria uma tendência para daqui 5 anos, está acontecendo hoje. 

As pessoas continuarão consumindo. Tanto é que a carne não teve aumento de preço no supermercado. Rosadas, inclusive, sugere que os supermercados façam promoção em carne, porque não houve aumento de preço deste produto. Se possível, a promoção deve ser feita no delivery. 

As vendas nos supermercados não caíram, ao contrário, estão acima do normal. Porém, é importante que os supermercados organizem seu fluxo de caixa e estoque, para que não quebrem nesse momento, finaliza o especialista.

Fonte: As informações são de uma Live realizada com participação de Leandro Rosadas e Miguel Cavalcanti no dia 03 de abril de 2020.

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