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Como liderar funcionários que te conhecem desde quando você era criança

Olá, tudo bem?

Essa é uma questão muito comum, muito importante, e que atrapalha muito sua autonomia na fazenda…

__ Como me relaciono e assumo posição de liderança junto à minha equipe?

Mesmo ainda sendo muito jovem…

E convivendo com pessoas bem mais velhas, que me conhecem desde menino, na fazenda?

A primeira coisa é reconhecer que isso será mesmo um desafio.

E que se você não cuidar, não fizer direito, não investir em uma preparação, a chance de desandar é muito grande.

E tem algumas coisas que você pode fazer que vão lhe ajudar, e muito.

Primeiro, você precisa estar muito alinhado com seu pai.

Porque se cada coisa que você fala, em algum momento seu pai vem e… “desfala”…

É muito ruim…
Isso destrói sua autoridade.

Cuide disso!

Segundo, você precisa cuidar da forma COMO faz.

Avalie se você pergunta o que as pessoas acham das coisas, se fala de um jeito mais suave e sereno, ao invés de chegar duro e seco.

Além disso, se você mostra que O QUE está falando tem um PORQUE.

Se mostra como aquela tarefa individual está amarrada na estratégia do negócio como um todo…

Daí, fica tudo muito mais fácil.

E toda vez que tiver alguma coisa, fora do jeito que você espera…

É necessário realinhar…

E, se preciso, envolver seu pai.

Por exemplo: se as pessoas só escutam, mas não fazem o que você recomendou…

Pode ser necessário que seu pai intervenha.

E explique que você está trabalhando na fazenda.

E embora seja mais novo, tudo o que vem fazendo está alinhado com o que ele gostaria que fosse feito.

Tudo está combinado.

E que se as pessoas não estiverem de acordo, podem até conversar, mas não podem passar por cima da sua palavra.

O que já vi acontecer é, em casos em que isso é tratado, não volta a acontecer mais.

O que já vi acontecer, é o funcionário dizer que não recebe “ordem de mulher”.

Pode até parecer piada, mas infelizmente ainda existe…

Nesse caso, é necessário deixar claro que essa é a realidade da fazenda…

E que se ele não aceita receber ordens de mulher, é livre para procurar outro local para trabalhar.

Mas é importante ter essa clareza sobre o que chamamos de treino não intencional.

Todas as pessoas que estão à nossa volta, inclusive nossa equipe, estão sendo treinadas…

Treinadas por nós mesmos, sobre como devem se comportar conosco em diversas situações.

E esses treinos não são intencionais, são invisíveis.

Mas estão acontecendo…

A maneira como você fala, a firmeza, a segurança, a amarração que você tem com outras situações fazem a diferença.

Por exemplo, fazer combinações claras com seu pai ou outras pessoas envolvidas para não ter “diz que me disse”.

Faça uma revisão de como você vem “treinando”…

Se você perceber que vem treinando de uma forma que não é boa, mude…

Mas lembre-se…

Virar o barco e mudar o rumo, para funcionar de verdade, não é imediato.

Vai requerer cuidado, atenção e possivelmente algum estresse nesse primeiro momento.

Vai ser mais fácil, se tiver consciência de que não é uma coisa do dia para a noite.

E quanto mais estiver decidido a fazer essa mudança, mais rápido e mais suave será essa mudança.

Lembre-se, é totalmente possível mudar!

O que pode acontecer é ter alguns atritos, que serão corrigidos.

E, em raras exceções, a pessoa terá que sair, porque não quer reconhecê-lo como uma pessoa que está acima dela na hierarquia.

Não quer reconhecer que você também é dono e está alinhado com seus pais e irmãos.

Que você tem autonomia para dar aquela ordem.

E por isso, a pessoa tem que te atender.

É uma escolha dela.

Te atende, ou pode procurar outro trabalho.

O que não pode, é você treiná-la no sentido de que ela fez uma coisa não aceitável e continua trabalhando.

Ou seja, você está dizendo que aquilo é aceitável.

É um treino intencional, para não funcionar.

Pense sempre que em todas as suas interações e relações com funcionários, você está treinando…

Treinando as pessoas a lidarem com você de uma determinada forma.

Seja intencional.

Entenda que é um processo, construído dia após dia.

Vá em frente e faça acontecer.

Vamos que vamos!
Abraços, Miguel

Miguel Cavalcanti
marketing@beefpoint.com.br

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