IBGE: Abate de bovinos é o menor para um 3° trimestre desde 2016
11 de dezembro de 2020
CEPEA: Retração compradora pressiona valor da arroba
11 de dezembro de 2020

Como ficam as ações de frigoríficos com a alta dos alimentos e o fim do auxílio?

Tendo no radar o aumento da produção de frango e de suínos em 2021, a 5,5% e 3,5%, respectivamente, a Ágora Investimentos revisou suas estimativas para empresas do setor de alimentos, sobretudo, as ações da JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3).

Para além do aumento de produção, pesa sob o horizonte de ambas companhias a disparada dos alimentos, principalmente a carne bovina, além do fim do auxílio emergencial do governo federal, que deverá pressionar o poder compra do consumidor, avalia a casa de análises.

“O aumento de 5,5% na produção de aves em 2021 parece alto e nos torna mais negativos em relação à BRF e à JBS, já que esperávamos alguma normalização no crescimento após um aumento esperado de 4% para 2020”, revelam os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França.

Ainda paira sobre o setor avícola a recente alta nos preços dos grãos, que está causando pressão de custos para os players, relembra a dupla.

“O impacto negativo da maior oferta de aves sobre os preços do frango, no entanto, pode ser mitigado por uma possível redução da comercialização de carne bovina para frango, já que estimamos que os preços do frango têm espaço para subir mais 15-25% para o desconto atual em relação à carne bovina”, calculam os analistas a diferença entre os produtos.

Contudo, desconto pode diminuir com o fim do auxílio emergencial brasileiro no final deste ano, o que pode impactar negativamente a renda disponível do consumidor e pesar mais no preço da carne bovina (por ser mais cara que o frango).

Apesar do cenário de curto prazo, a Ágora tem recomendação de compra para as ações da JBS e BRF, com ganhos atrativos até o final de 2021.

Fonte: Money Times.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress