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Commodities:Incertezas derrubam cotações dos grãos na bolsa de Chicago

O mau humor dos mercados financeiros em todo mundo voltou a pressionar o mercado de grãos na bolsa de Chicago nesta quarta-feira. Diante do cenário, o trigo liderou as perdas, mas soja e milho também fecharam no campo negativo.

No mercado de trigo, a preocupação com o impacto do coronavírus na economia global fez alguns países adotarem medidas protecionistas, mas que não tiveram reflexo de alta para os preços, apesar da possível redução na oferta. Na terça-feira, a Ucrânia divulgou que vai restringir exportações, seguindo a intenção da Rússia, que ainda não efetivou a medida. A notícia é especialmente importante, já que a Ucrânia e a Rússia são relevantes exportadoras do cereal no Mar Negro.

Apesar disso, após alta expressiva de 16% nos preços em março, impulsionada pela demanda aquecida pelo cereal, os preços voltaram a perder sustentação. Os contratos futuros de trigo com entrega para julho recuaram 2,62% (14,75 centavos de dólar), cotados a US$ 5,4775 o bushel.

No mercado de soja, uma intensiva ação de vendas de fundos especulativos acabou pressionando os contratos, e o movimentou foi sentido também, em efeito cascata, nas negociações de milho, apontou a consultoria ARC Mercosul, em relatório. “Foi uma sessão de redução de risco para os investidores e operadores mundiais, o que refletiu em intenso movimento de venda de contratos”, afirmou.

Os futuros da soja com vencimento em julho fecharam cotados a US$ 8,6725 o bushel, retração de 22,25 centavos de dólar.

Já os contratos futuros de milho de mesmo vencimento recuaram 7,25 centavos de dólar, a US$ 3,3875 o bushel.

Ao Valor, a analista Ana Luiza Lodi, da INTL FCStone, disse que o contexto de aversão ao risco, com temores de que a crise relacionada ao coronavírus se prolongue — e com a doença avançando rapidamente nos EUA —, contribuiu para a queda nos preços da oleaginosa e do cereal.

No caso do milho, o tombo dos preços do petróleo colaborou para a pressão em meio à guerra comercial em andamento entre Arábia Saudita e Rússia. Com os preços do petróleo caindo e os consumidores em casa, “as usinas de etanol à base de milho lutam para sobreviver”, disse Arlan Suderman, da consultoria INTL FCStone, à agência de notícias Dow Jones Newswires.

Fonte: Valor Econômico.

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