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Commodities:Cobertura de posições eleva preço do milho

Em mais um pregão de recuperação nos mercados internacionais, com os sinais desaceleração do coronavírus na Europa, os contratos futuros de milho subiram na bolsa de Chicago. Os lotes com vencimento em julho se valorizaram 1,12% (3,75 centavos de dólar), a US$ 3,3725 por bushel.

Na avaliação da consultoria ARC Mercosul, a alta nos preços do cereal acompanhou a cobertura de posições vendidas dos fundos especulativos, diante a expectativa para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que será divulgado na quinta-feira.

Apesar da valorização do cereal, a consultoria disse que a tendência segue baixista no médio prazo.

“O milho é a commodity agrícola mais afetada neste momento pela guerra nos preços do petróleo e das paralisações em função da covid-19”, apontou a consultoria.

Na contramão do que ocorreu com os contratos futuros de milho, os preços do trigo recuaram nesta terça-feira. A commodity devolveu parte dos ganhos dos dois pregões anteriores, quando subiu em meio à demanda aquecida por produtos derivados de trigo. A falta de chuvas no Mar Negro, importante região produtora do cereal, também contribuiu com a alta recente.

Nesta terça-feira, os contratos futuros do cereal com vencimento em julho caíram 0,64% (3,5 centavos de dólar), cotados a US$ 5,475 o bushel. Para a consultoria AgResource, outra pressão para as cotações é a mudança de posições os fundos especulativos, que estão reduzindo as posições compradas do trigo antes da divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do USDA.

Ainda na bolsa de Chicago, os preços da soja pareceram ignorar o clima de recuperação nos mercados internacionais e caíram. Os futuros para julho fecharam a US$ 8,61 o bushel, queda de 0,03% (0,25 centavo de dólar).

As perspectivas para o relatório de oferta e demanda do USDA exercem alguma pressão sobre as cotações. Para o Brasil, é esperada manutenção da estimativa de produção recorde, de 129 milhões de toneladas. Para os EUA espera-se que os estoques finais cheguem a 12,8 milhões de toneladas, acima dos 11,57 milhões de toneladas previstos em março, frisou o analista Evandro Oliveira, da consultoria Safras & Mercado.

O relatório do USDA, explica Oliveira, poderá trazer uma pressão baixista aos preços da oleaginosa. “Se os estoques finais vierem acima do que o mercado espera, o viés é baixista. Se vierem dentro do que o mercado espera, então é neutro”, avalia o analista.

Fonte: Valor Econômico.

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