Os preços dos grãos registraram altas generalizadas na bolsa de Chicago nesta segunda-feira, impulsionados por danos provocados por um vendaval em parte do Meio-Oeste americano.
No caso da soja, os contratos para novembro subiram 1,84%, ou 16,5 centavos de dólar, para US$ 9,1525 o bushel. E os lotes de segunda posição de entrega, para setembro, subiram 1,73%, ou 15,5 centavos de dólar, cotados a US$ 9,125 o bushel.
Após o encerramento do pregão, um novo relatório de progresso de colheita do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) confirmou a expectativa dos traders e mostrou que, até domingo, as lavouras da oleaginosa em boas condições representavam 56% da área total semeada nesta safra 2020/21, com recuo de 1 ponto percentual em relação à semana anterior.
As áreas consideradas excelentes equivaliam a 16% do total, em queda de 1 ponto percentual ante a semana anterior. No mesmo período ano passado, o percentual era de 9%.
O novo relatório de embarques do USDA, também divulgado nesta segunda-feira, foi outro que contribuiu para a alta das cotações da soja. Na semana encerrada em 13 de agosto, 785 mil toneladas do grão americano foram enviadas ao exterior, mesmo patamar da semana anterior. O volume ficou acima das expectativas dos traders — de 400 mil toneladas, segundo a Future International.
No mercado de milho, os contratos futuros com vencimento em dezembro subiram 2%, ou 6,75 centavos de dólar, e fecharam a US$ 3,4475 o bushel.
A alta nos preços do cereal também foi motivada pelo clima menos favorável às lavouras no Meio-Oeste dos Estados Unidos.
Até domingo, o USDA informou que as lavouras de milho em boas condições representavam 52% do total, recuo semanal de 1 ponto percentual. No ano passado, o percentual estava em 46%. As áreas consideradas excelentes ficaram em 17%, 1 ponto percentual abaixo da semana anterior.
Outras informações relevantes devem vir do Pro Farmer Crop Tour, tradicional expedição técnica aos campos americanos, que já teve início apesar dos receios com o novo coronavírus.
“O status da safra de milho do leste de Iowa será de particular interesse neste ano, após a tempestade da semana passada”, disse no início do pregão Doug Bergman da RCM Alternatives, à Dow Jones Newswires.
No mercado de trigo, os preços subiram de forma expressiva. Os contratos com entrega em setembro avançaram 3,29%, ou 16,75 centavos de dólar, e atingiram os US$ 5,2625 o bushel na bolsa de Chicago.
Além da piora climática, as cotações do cereal também receberam suporte do lado da demanda. Durante o pregão, exportadores americanos relataram a exportação de 130 mil toneladas de trigo vermelho de inverno para destinos não revelados, segundo o USDA.
Na semana passada, os preços do cereal avançaram com a piora do cenário para a produção da Europa. Segundo a Strategie Grains, os países-membros da União Europeia e o Reino Unido produzirão 128 milhões de toneladas de trigo na safra 2020/21, redução de 2,3 milhões de toneladas em relação ao previsto pela consultoria no mês passado e 19,2 milhões de toneladas a menos que em 2019/20.
Fonte: Valor Econômico.
This post was published on 18 de agosto de 2020
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