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Commodities: Soja avança e volta a fechar acima de US$ 17 em Chicago

Após uma breve trégua na véspera, a soja avançou na Bolsa de Chicago na sessão de hoje (26/5) e voltou a fechar acima do patamar de US$ 17 por bushel. O contrato da oleaginosa para julho, que é atualmente o de maior liquidez, subiu 2,71% (45,50 centavos de dólar), a US$ 17,265 o bushel, e os papéis de segunda posição, para agosto, encerraram o dia em alta de 2,41% (39 centavos de dólar), a US$ 16,595 por bushel.

A oferta é o principal fundamento a dar suporte às cotações da soja no momento, disse Jake Hanley, da Teucrium, ao jornal “The Wall Street Journal”. Há indícios, afirma ele, de que os estoques da safra antiga estão baixos.

Segundo a agência Dow Jones Newswires, a valorização dos óleos vegetais no mercado internacional também ofereceu sustentação aos preços da soja em Chicago. A alta dos óleos, particularmente o de palma, aumenta a demanda pelo derivado do grão.

Em relatório, o Price Group disse que ainda há preocupações com os efeitos das restrições à circulação de pessoas na China, impostas para conter a disseminação da covid-19, sobre a demanda pela soja no país. “A China tem sido um grande comprador da soja americana neste ano (…) Mas teme-se que a economia chinesa se desacelere devido aos bloqueios contra a covid e que, com isso, o país compre menos soja no mercado mundial”, escreveu o analista Jack Scoville.

O saldo líquido de vendas americanas de soja (resultado de novos contratos e cancelamentos) da temporada 2021/22 somou 276,8 mil toneladas na semana encerrada em 19 de maio. Esse saldo é 63% menor que o da semana anterior e 48% inferior à média das últimas quatro semanas, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O órgão também registrou a negociação de 443 mil toneladas da safra 2022/23.

Milho

O papel mais negociado do milho em Chicago, que vence em julho, recuou 0,94% (7,25 centavos de dólar), para US$ 7,65 por bushel. Já o contrato para janeiro de 2023 caiu 0,78% (5,75 centavos de dólar), a US$ 7,34 por bushel.

O analista Terry Reilly, da Futures International, disse à Dow Jones Newswires que o mercado ajustou os preços do cereal porque a Rússia indicou que pode liberar as exportações de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro. Os embarques estão paralisados desde o fim de fevereiro, quando a guerra entre os dois países começou.

Andrey Rudenko, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse, segundo agências locais, que o país abrirá um corredor para a passagem segura de navios que transportam alimentos dos portos ucranianos em troca da suspensão de alguns dos embargos impostos aos russos.

Nos EUA, o USDA informou hoje que as vendas de milho americano caíram 63% na semana encerrada em 19 de maio, quando foram negociadas 151,6 mil toneladas da safra 2021/22. O clima favorável ao avanço do plantio no país também deu margem para os preços recuarem.

Trigo

Nas negociações do trigo, o contrato mais líquido, para julho, caiu 0,44% (5 centavos de dólar) em Chicago, a US$ 11,4325 por bushel. Os papéis para janeiro de 2023 recuaram 0,41% (6,50 centavos de dólar), a US$ 11,5200 por bushel.

Na abertura do pregão, o cereal desceu a seu menor patamar em duas semanas. Os investidores começaram a sessão digerindo a informação sobre a abertura do corredor para escoamento de grãos pelo Mar Negro.

No entanto, os ucranianos continua céticos sobre o assunto. “Você não pode confiar na Rússia mesmo quando ela assina um documento garantindo uma passagem segura”, disse Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, segundo a Dow Jones Newswires. Segundo o governo ucraniano, há mais de 20 milhões de toneladas de grãos presas em silos no país.

No balanço semanal sobre o comércio americano de commodities agrícolas, o USDA informou que o saldo líquido das vendas ao exterior do cereal de 2021/22 foi de 2,3 mil toneladas na semana encerrada em 19 de maio — a safra de trigo dos EUA termina oficialmente em 30 de junho. O saldo das negociações do trigo da próxima safra chegou a 246,3 mil toneladas. Os embarques do cereal na semana somaram 298,2 mil toneladas.

Fonte: Valor Econômico.

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