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Commodities: Receio com demanda pressiona trigo em Chicago

Nesta terça-feira, o trigo encerrou em queda na Bolsa de Chicago, pressionado por receios com a demanda pelo cereal americano. Os contratos de maior liquidez, para julho, caíram 2,96%, a US$ 11,5475 por bushel, e os papéis para janeiro de 2023 recuaram 2,86%, a US$ 11,6325 por bushel.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o país embarcou 19,7 milhões de toneladas na safra 2021/22 até o último domingo, um volume 21,2% menor que o do mesmo período do ciclo passado. O desempenho gerou preocupações com a demanda, disse, em relatório, Arlan Suderman, analista da StoneX, em relatório segundo a Dow Jones Newswires.

A melhora no clima nos EUA colaborou para o progresso do plantio de primavera na última semana, o que aliviou um pouco a tensão relacionada à produtividade das lavouras, ao menos por enquanto. Até 22 de maio, os trabalhos já haviam terminado em 63% da área de cultivo, estima o USDA — a média das últimas cinco safras para o período é de 65%.

O trigo está suscetível a ajustes mais bruscos no curto prazo porque subiu bastante nos últimos dias. No acumulado do ano até ontem, o cereal avançou 60%, segundo cálculos do Valor Data.

Milho

No mercado de milho, os lotes para julho caíram 1,84%, para US$ 7,7175 por bushel, e o papel para janeiro de 2023 encerrou em queda de 1,82%, a US$ 7,41 por bushel. O analista Arlan Suderman afirma que o plantio nos EUA avançou com mais rapidez do que o mercado esperava.

Até 22 de maio, a semeadura foi concluída em 72% da área, informou o USDA. Com o clima um pouco mais favorável nos EUA, o trabalho de campo deslanchou e se aproximou da média histórica para o período (79%). Na semana anterior, a diferença era de 18 pontos percentuais.

Com o plantio nesse nível, os investidores tendem a ficar menos preocupados com o rendimento da safra americana, segundo a AgriVisor. “Isso não significa que veremos uma retirada total do prêmio de risco, mas o mercado se sentirá mais confortável com as expectativas de produção”, diz o analista Karl Setzer, em relatório.

Suderman, da StoneX, afirma também que a informação dada pela Reuters de que o governo Biden estuda retirar a exigência de mistura de etanol à gasolina representa um risco para a indústria do biocombustível. Nos EUA, o cereal é a principal matéria-prima para a produção de etanol.

Soja

A soja fechou o dia em alta. Os compromissos para julho subiram 0,36%, para US$ 16,93 o bushel, e os contratos de segunda posição, para agosto, avançaram 0,21% a US$ 16,3225 por bushel.

Como o plantio do milho avançou, diminuiu a chance de os agricultores americanos usarem mais áreas para o cultivo de soja, que tem uma janela de plantio maior. Caso a projeção se efetivasse, a produção da soja aumentaria, pressionando as cotações.

O USDA estima que, até o momento, o plantio da soja ocorreu em 50% da área prevista, cinco pontos percentuais a menos que a média das últimas cinco safras para o período. Na semana anterior, a diferença era de nove pontos percentuais.

A queda do óleo de soja limitou a valorização do grão. O contrato do derivado para julho caiu 0,43%, a 80,12 centavos de dólar por libra-peso.

Fonte: Valor Econômico.

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