Um dia antes do relatório sobre oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as cotações dos grãos passaram por uma correção e subiram nesta quarta-feira na bolsa de Chicago.
No caso da soja, os lotes para janeiro avançaram 1,11% (12,75 centavos de dólar), para US$ 11,585 o bushel. Os contratos de segunda posição, para março, por sua vez, subiram 1,04% (12 centavos de dólar), para US$ 11,635 o bushel.
No milho, a valorização dos papéis que vencem em março foi de 0,95% (4 centavos de dólar), para US$ 4,2375 o bushel, enquanto os lotes de trigo, de mesmo vencimento, fecharam a US$ 5,8325 o bushel após a alta de de 2,32% (13,25 centavos de dólar).
Segundo analistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”, o USDA deve rever para baixo suas projeções sobre estoques globais e americanos de soja e milho para 2020/21 e manter ou elevar um pouco os prognósticos para o trigo.
Além do relatório do USDA, as perspectivas para o clima nas regiões produtoras brasileiras também marcaram o dia de negociações. Nesta quarta-feira, a consultoria AgRural reduziu sua estimativa para a produção brasileira de soja em 2020/21, que passou de 132,2 milhões para 131,6 milhões de toneladas. A empresa creditou o ajuste à irregularidade das chuvas em Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa no país.
No mercado de trigo, a consultoria AgResource disse à Dow Jones Newswires que os fundos especulativos voltaram a aumentar a aposta comprada, um sinal de que eles veem caminho para novas altas dos preços do cereal. O movimento ocorreu após a série de liquidações de contratos na sessão de terça-feira.
A notícia de que as exportações de grãos da Ucrânia caíram 15% nos primeiros cinco meses de 2020/21 também teve influência na alta dos preços. Até o dia 7 de dezembro, a Ucrânia havia embarcado 22,3 milhões de toneladas nesta temporada. No mesmo período do ano passado, as vendas ao exterior tinham sido de 26,3 milhões de toneladas.
De acordo com o Ministério da Economia ucraniano, no mesmo período, as exportações de trigo caíram de 13,8 milhões de toneladas para 12,1 milhões de toneladas. O país é um dos principais produtores do cereal no mundo.
Fonte: Valor Econômico.