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Commodities: Milho recua pelo quartodia seguido em Chicago

Com o mercado ainda em dúvida sobre o volume da demanda global, os grãos negociados na bolsa de Chicago encerraram o pregão desta sexta-feira (5/11) em baixa. O milho recuou pelo quarto dia seguido. Os contratos do cereal para dezembro caíram 1,12%, a US$ 5,53 por bushel, e a segunda posição, para março, desvalorizou-se 0,97%, a US$ 5,6225 por bushel. 

Os fundamentos de oferta do milho seguem pressionando as cotações. O plantio da nova safra no Brasil e na Argentina, por exemplo, está ocorrendo sem problemas, enquanto a colheita nos Estados Unidos vem mostrando bons números de produtividade.

Com o bom andamento da safra, alguns investidores têm reavaliado a perspectiva de aperto no quadro de oferta e demanda mundial para 2021/22 para o milho e também para a soja. Há expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumente ainda mais sua previsão de oferta em seu relatório mensal que será publicado na terça-feira. 

A soja para janeiro, o contrato mais negociado no momento, cedeu 1,4% e terminou o dia a US$ 12,055 por bushel. Já a posição seguinte, para março, caiu 1,36%, para US$ 12,175 por bushel. 

Na sessão, os operadores aproveitaram para ajustar posições para o relatório do USDA, disse Karl Setzer, da AgriVisor, à Dow Jones Newswires. Para ele, as maiores mudanças no relatório podem ocorrer nas projeções sobre a demanda. “As vendas de soja têm estado bem abaixo das expectativas nas últimas semanas, e agora há quem acredite que a previsão de demanda está superestimada”, afirmou. 

Ontem, Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage, já havia dito que os traders estavam preocupados que a demanda não alcançasse as projeções do USDA. “O mercado da soja tem algumas nuvens no horizonte, incluindo a possibilidade de que o relatório [do USDA] de 9 de novembro mostre outro aumento de produtividade, além do medo de que o órgão possa estar exagerando as exportações e comece a fazer essa correção no relatório da próxima semana”, disse Pfitzenmaier. 

Na semana encerrada em 28 de outubro, as exportações americanas de soja alcançaram 1,864 milhão de toneladas, um aumento de 58% em relação à semana imediatamente anterior. O volume é 19% superior à média móvel de quatro semanas.

Os fundamentos do trigo indicam aumento de preços, mas o cereal acabou fechando o dia em queda, acompanhando soja e milho. Os investidores deram continuidade ao movimento de realização de lucros, após altas recentes levarem as cotações a patamares históricos. O papel para dezembro, o mais ativo no momento, caiu 0,94%, a US$ 7,665 o bushel, e a segunda posição, para março, recuou 0,83%, para US$ 7,7975 o bushel. 

Analistas acreditam que ainda há fundamentos sólidos para o cereal continuar em patamares elevados. Ontem, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que, no mês passado, os preços internacionais do trigo subiram 5% em relação a setembro e 38,3% em comparação com outubro de 2020. Com a alta, a quinta mensal consecutiva, o preço do cereal alcançou seu nível mais elevado desde novembro de 2012. 

“Colheitas menores nos principais exportadores, especialmente Canadá, Rússia e EUA, continuam dando sustentação aos preços. A redução da oferta global de trigo de melhor qualidade, em particular, exacerbou a pressão, com as variedades premium liderando o aumento de preço”, disse a FAO, em relatório. O trigo, junto com outros cereais e óleos, puxou a alta do indicador de preços de alimentos da FAO, que chegou a 133,2 pontos, seu maior patamar em mais de uma década.

Fonte: Valor Econômico.

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