A expectativa dos traders de que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aumentará suas projeções para os estoques de passagem de milho da safra 2019/20 colaborou para a queda dos preços futuros do grão hoje na bolsa de Chicago.
Os contratos mais negociados do cereal, para entrega em julho fecharam com recuo de 0,52% (1,75 centavos de dólar), a US$ 3,355 o bushel.
Analistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal” acreditam que o órgão americano elevará sua estimativa de 297,3 milhões de toneladas para 298,5 milhões de toneladas. A perspectiva pode contribuir para pressionar ainda mais os preços do cereal, que já vêm sofrendo com a retração da demanda por etanol nos EUA, onde o biocombustível é feito de milho.
No mercado de trigo, os papéis para maio, de maior liquidez , caíram 0,18% (1 centavo de dólar) a US$ 5,4825 o bushel. Já os contratos para julho subiram 0,18% (1 centavo de dólar), negociados a US$ 5,485 o bushel.
Na avaliação do analista Karl Setzer, da consultoria Agrivisor, os operadores do mercado iniciaram a sessão cobrindo algumas posições vendidas (apostas na queda), mas a alta volatilidade do pregão acabou puxando os preços do cereal para baixo. Há ainda grande expectativa para o aumento de estoques americanos do trigo no relatório do USDA — o que pressiona os preços.
A projeção média dos analistas consultados pelo “The Wall Street Journal” para os estoques de trigo nos EUA é de 25,72 milhões de toneladas de trigo, mas para os estoques globais a expectativa é de manutenção da projeção em 287 milhões de toneladas. A expectativa para o cenário de oferta americana de trigo é de maior conforto do que o sinalizado em março, quando o USDA estimou que os estoques do grão no país terminariam a safra em 25,58 milhões de toneladas.
Ainda na bolsa de Chicago, a falta de compras chinesas voltou a pressionar os preços da soja ao longo do pregão, que no fim do pregão fecharam praticamente estáveis. Os lotes futuros da oleginosa com vencimento em julho encerram a sessão com ligeira alta de 0,09% (0,75 centavo de dólar), a US$ 8,6175 o bushel.
Diante do avanço da covid-19 pelo mundo, os traders de grãos estão começando a perder a esperança de que a demanda chinesa por produtos agrícolas se expanda perto dos US$ 36 bilhões acordados no acordo comercial de primeira fase entre EUA e China, assinado em janeiro. “A disseminação da pandemia interrompeu inquestionavelmente muitos planos e previsões”, disse Dan Hueber, da corretora Hueber Report, à Dow Jones Newswires.
Mas, para, Luiz Pacheco, analista da consultoria T&F, a ausência da China no mercado tem uma explicação: “Estão apostando no aumento dos estoques americanos no próximo relatório de quinta-feira, do USDA, e na consequente queda nos preços”, afirmou.
Fonte: Valor Econômico.
This post was published on 9 de abril de 2020
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