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Commodities: Milho destoa de soja e trigo e avança em Chicago

O milho destoou de soja e trigo e avançou hoje (25/4) na bolsa de Chicago, recuperando-se do declínio do pregão de sexta-feira. O contrato para julho, o mais negociado, subiu 1,14% (9 centavos de dólar), a US$ 7,980 o bushel.

Parte do mercado acredita que as altas recentes, que levaram as cotações do milho para seu patamar mais elevado em quase uma década, devem-se à possibilidade de a área plantada com o cereal nos Estados Unidos, maior produtor global, ser menor que a da soja na nova safra. Isso só ocorreu uma vez na história.

Se essa projeção se confirmar, cerca de 15 milhões de toneladas de milho deixarão de compor a oferta de milho no mundo, o que levaria o cereal a US$ 10 por bushel, preço inédito em Chicago. “Temos tempo chuvoso e mais frio do que o normal, o que deverá atrasar o plantio por mais uma semana”, disse Daniel Flynn, do Price Futures Group, em nota. “Com o milho de julho sendo negociado perto de US$ 7,90, o milho de US$ 10 não parece impossível”, acrescentou.

Durante o pregão, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou que o país embarcou 1,65 milhão de toneladas de milho na semana encerrada em 21 de abril, volume 40,4% maior que o da semana anterior. No ano safra 2021/22, iniciado em 1º de setembro, os americanos já embarcaram 34,9 milhões de toneladas, 15,8% menos do que no mesmo período da temporada passada (41,4 milhões de toneladas).

Soja

A soja iniciou a semana em queda em Chicago. O contrato para julho, o mais ativo, encerrou o dia em baixa de 0,76% (12,75 centavos de dólar), a US$ 16,7525 por bushel.

A oleaginosa foi pressionada pela aversão ao risco que dominou a sessão. A política de zero covid-19 na China vem criando novos problemas para a cadeia de suprimentos no país, que é o maior importador de soja do mundo. O analista Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage, disse à Dow Jones Newswires que a expectativa do mercado é que mais medidas de restrição para a circulação de pessoas na China sufoquem o apetite do país pela soja.

O pessimismo acabou se sobrepondo aos fundamentos. Durante as negociações, o USDA informou a venda de 330 mil toneladas de soja para a China, sendo 66 mil nesta safra 2021/22 e outras 264 mil para 2022/23. O USDA disse ainda que ocorreram várias vendas menores a compradores da China para entrega em 2022/23, totalizando 204 mil toneladas.

O USDA também relatou nesta segunda-feira que os embarques americanos de soja recuaram 40% na semana encerrada em 21 de abril, para 602,2 mil toneladas. No ano-safra 2021/22, os EUA despacharam 46,6 milhões de toneladas ao exterior, 16% menos do que no mesmo período do ciclo passado (55,5 milhões de toneladas).

Trigo

Já o trigo encerrou o dia em leve queda em Chicago. O contrato para julho, o mais negociado no momento, recuou 0,15% (2,75 centavos de dólar), a US$ 10,7250 o bushel.

O mercado preferiu aguardar a atualização das condições das lavouras de trigo de inverno nos EUA, que seriam publicadas depois do fechamento da bolsa. Até a última semana, a qualidade das lavouras do cereal era a pior desde 1996, mas esperase um resultado um pouco melhor no relatório desta semana.

O USDA também reportou que o país embarcou 288 mil toneladas de trigo na semana encerra em 21 de abril, volume 35,5% menor que o da semana anterior. No ano-safra, iniciado em 1º de junho, foram entregues 18,4 milhões de toneladas, 18,9% menos do que em igual período da temporada anterior (22,6 milhões de toneladas).

Fonte: Valor Econômico.

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