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Commodities: Milho cai em Chicago com avanço do plantio nos EUA

Nesta terça-feira, o preço do milho caiu na Bolsa de Chicago, refletindo o forte avanço do plantio nos Estados Unidos nos últimos sete dias. O contrato de maior liquidez, que vence em julho, recuou 1,1%, a US$ 8,0075 por bushel, e os papéis de segunda posição, para janeiro de 2023, encerraram em queda de 0,7%, a US$ 7,7275 por bushel.

O Departamento de Agricultura americano (USDA) informou, ontem, que o plantio do milho já ocorreu em 49% da área de cultivo, fatia bem superior aos 22% da semana passada. “O desempenho foi ligeiramente superior ao que o mercado esperava”, disse o analista Karl Setzer, da AgriVisor, em relatório.

Ainda assim, os trabalhos continuam atrasados em relação à média de cinco anos, que é de 67%. “Muitos [agentes de mercado] pensam que o potencial máximo de rendimento da safra de milho ficou para trás devido ao atraso”, afirma Jack Scoville, do Price Group Futures.

Também ontem, o USDA indicou queda nas exportações americanas de milho. No intervalo de sete dias encerrado em 12 de maio, o país embarcou 1,037 milhão de toneladas, 28% menos do que na semana anterior.

Trigo

No mercado de trigo, a suspensão dos embarques da Índia ainda sustentou as cotações, disse o Commerzbank, em relatório. Os lotes para entrega em julho subiram 2,4%, a US$ 12,775 por bushel, e os compromissos para janeiro de 2023 avançaram 2,2%, a US$ 12,7875 por bushel.

Hoje, segundo a Reuters, o governo indiano autorizou os embarques de trigo que estavam aguardando a liberação da alfândega até 13 de maio. De acordo com a reportagem, a Índia também permitiu as exportações para o Egito.

Os indianos aumentaram suas exportações de trigo desde que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou. Antes, as duas nações do Leste Europeu respondiam, juntas, por mais de 25% dos embarques do cereal no mundo.

Em outro grande fornecedor do cereal, os Estados Unidos, o plantio de primavera chegou a 39% da área em 15 de maio, bem abaixo da média das últimas cinco safras para esse momento do ano, que é de 67%, disse o USDA. No trigo de inverno, a colheita foi concluída em 48% da área; a média dos últimos cinco anos é de 53%.

Soja

O contrato mais negociado da soja em Chicago, que vence em julho, avançou 1,3%, para US$ 16,78 por bushel. O papel para agosto, por sua vez, subiu 1,1%, a US$ 16,2425 por bushel.

Ontem, o USDA informou que o plantio de soja nos EUA avançou 18 pontos percentuais em uma semana e chegou a 30% da área total em 15 de maio.

Apesar disso, a semeadura da oleaginosa está atrasada em relação ao mesmo momento do ano passado, quando 58% da área tinha sido plantada. A média das últimas cinco safras é de 39%.

“É provável que o plantio tenha avançado mais do que os dados mostram, já que os números são obtidos no domingo”, pondera, em relatório, o analista Karl Setzer, da AgriVisor.

O USDA também informou ontem que as exportações americanas de soja somaram 784,2 mil toneladas na semana encerrada em 12 de maio, um aumento de 55% em relação aos sete dias anteriores.

O grão também encontrou suporte na alta do óleo de soja. O contrato do derivado para julho subiu 0,6%, a 83,49 centavos de dólar por libra-peso.

Fonte: Valor Econômico.

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