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Commodities: Milho atinge maior patamar em quase oito anos em Chicago

A expectativa de aumento das exportações americanos de milho impulsionou as cotações do cereal nesta quarta-feira na bolsa de Chicago. Com a valorização, os preços atingiram o maior patamar desde 19 de junho de 2013, segundo cálculos do Valor Data. Os papéis com entrega em julho subiram 2,45% (14,5 centavos de dólar), para US$ 6,065 o bushel.

Segundo analistas consultados pelo jornal “The Wall Street Journal”, as exportações de milho devem ter ficado entre 400 mil e 1,1 milhão de toneladas na semana encerrada em 15 de abril. O relatório com os dados oficiais será divulgado amanhã pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Na semana que terminou em 8 de abril, foram 327,7 mil toneladas de milho colhido na safra 2020/21.

Além disso, problemas climáticos no Brasil poderão afetar a produtividade da safrinha. Em relatório distribuído aos clientes nesta quarta-feira, o analista Karl Setzer, da Agrivisor, disse que algumas consultorias já projetam que a colheita brasileira total (primeira e segunda safras) não ultrapassará 95 milhões de toneladas “devido aos contínuos problemas climáticos no país”. Outras fontes, incluindo o USDA, projetam a produção em quase 110 milhões de toneladas.

As cotações da soja também subiram e registraram máxima desde bateram no maior nível desde maio de 2014, segundo o Valor Data. Os papéis com entrega em julho fecharam com alta de 1,49% (21,75 centavos de dólar), a US$ 14,795 o bushel.

Segundo o analista Karl Setzer, da Agrivisor, as contínuas preocupações com o clima na América do Sul e a falta de vontade dos investidores em liquidar posições compradas (aposta na alta dos preços) deram suporte aos preços da oleaginosa.

Na sessão anterior, os mesmos papéis subiram após sinais de demanda chinesa firme. Segundo a Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês), as importações de soja do país cresceram 81,6% em março na comparação com o mesmo mês de 2020, para 7,77 milhões de toneladas. Desse total, mais de 90% saíram dos EUA.

E, por fim, a quarta-feira também foi de alta para as cotações do trigo. Os contratos com vencimento em julho encerraram o pregão cotados a US$ 6,75 o bushel, avanço de 2,08% (13,75 centavos de dólar).

As tensões entre Ucrânia e Rússia estão preocupando os investidores, segundo análise de Andrey Sizov, da consultoria russa SovEcon. De acordo ele, uma escalada no conflito pode prejudicar a logística de distribuição do cereal.

“Acreditamos que uma escalada substancial do conflito é improvável. No entanto, se virmos as tensões chegando ao nível de 2014, pode significar alta para os preços dos grãos”, disse Sizov em relatório distribuído ontem.

A escalada de tensões ocorre após a repentina concentração de militares russos perto da fronteira com a Ucrânia.

Fonte: Valor Econômico.

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