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Commodities: Com rumores de novas compras da China, milho dispara em Chicago

O preço do milho teve forte alta e alcançou seu limite máximo de variação para uma só sessão (40 centavos de dólar) nesta quinta-feira na bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com entrega para julho, avançou 6,41%, a US$ 6,645 o bushel. Os papéis que vencem em setembro avançaram 6,99% (38,25 centavos de dólar), a US$ 5,855 o bushel.

O mercado reagiu a notícia de que exportadores americanos notificaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 152,4 mil toneladas de milho para destinos não-revelados — o que costuma indicar embarques à China. O USDA exige a notificação de qualquer movimentação de grãos igual ou superior a 100 mil toneladas, e os investidores acompanham essas notícias como medida de demanda.

Em um contexto de boatos de que a China estaria cancelando compras de milho dos EUA, a informação desta quinta foi vista como um sinal de que a demanda chinesa continua firme. Mesmo assim, ainda há cautela entre os operadores.

“Presume-se que a negociação tenha sido outra venda para a China, embora só se possa ter certeza com o embarque definido”, disse Arlan Suderman, da StoneX, à Dow Jones Newswires. O analista ressaltou ainda que o apetite por risco, que marcou o pregão, deu fôlego adicional às cotações.

A disparada do milho refletiu-se na valorização dos demais grãos negociados na bolsa de Chicago, em especial o trigo — um cereal pode substituir o outro na ração animal. Depois de cair por oito sessões seguidas, o contrato do trigo para julho, no momento o de maior liquidez, avançou 4,28% (27,5 centavos de dólar), a US$ 6,7625 o bushel.

Além de ter acompanhado o milho, o trigo subiu como parte de uma correção técnica, já esperada em virtude da sequência de declínios. Os preços do cereal caíram mais 50 centavos de dólar por bushel na série de oito baixas seguidas.

No entanto, a despeito da alta desta quinta-feira, os preços do trigo ainda devem seguir sob pressão no curto prazo, já que seu quadro de oferta e demanda global é confortável.

Após sete sessões em queda, a soja voltou a subir na bolsa de Chicago. O contrato para julho, hoje o mais negociado, avançou 2,23% (33,5 centavos de dólar), a US$ 15,370 o bushel, enquanto o de segunda posição, para agosto, fechou em alta de 2,36% (34,25 centavos de dólar), a US$ 14,8725 o bushel.

Soja

As cotações da oleaginosa também acompanharam a forte valorização do milho no pregão. Além disso, segundo Luiz Fernando Roque, da Safras & Mercado, ao se aproximar de US$ 14 por bushel, o contrato de maior liquidez pode ter ativado um gatilho financeiro.

“A soja segurou os US$ 15 por bushel com base em fundamentos técnicos, e isso deve ter desencadeado novas compras. Os traders podem ter entendido agora que as realizações de lucros chegaram a seu limite após a série de baixas”, disse ele ao Valor.

Fonte: Valor Econômico.

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