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Commodities: Com demanda chinesa firme, soja sobe 2,5% em Chicago

A soja liderou a alta dos grãos negociados na bolsa de Chicago nesta quinta-feira, reflexo de uma visão mais otimista do mercado sobre a demanda chinesa para o grão produzido nos Estados Unidos, país que é referência para as negociações dos futuros. O contrato da oleaginosa para março, o mais ativo no momento, avançou 2,48% (34,50 centavos de dólar), para US$ 14,2575 o bushel. A posição seguinte, para maio, fechou em alta de 2,41% (33,75 centavos de dólar), a US$ 14,3450 o bushel.

O analista Arlan Suderman, da StoneX, indicou que a alta decorre da resistência dos agricultores brasileiros em negociar sua produçõ de soja. Com isso, muitas tradings estariam começando a recorrer aos EUA para cumprir seus contratos de entrega.

“Se essa resistência continuar, a China poderá comprar mais soja dos EUA e estender a temporada de exportação para cobrir suas necessidades de esmagamento até que o agricultor brasileiro decida vender”, disse ele à Dow Jones Newswires. Suderman acrescenta que, durante o pregão, circularam rumores de que a China comprou grandes lotes de soja e de milho americanos, o que acabou reforçando ainda mais essa percepção entre os operadores.

Dados divulgados pela alfândega da China, maior importadora de soja do mundo, e compilados pela agência Reuters mostram que as compras chinesas do grão americano cresceram 25% em relação a 2020, para 32,3 milhões de toneladas. Já as importações chinesas do grão brasileiro caíram 9,5%, para 58,1 milhões de toneladas.

No ano passado, as importações totais de soja da China somaram 96,5 milhões de toneladas, uma queda de 3,8% em relação ao ano anterior. O declínio ocorreu como reflexo da redução das margens dos processadores, que pesou sobre a demanda.

O milho engatou sua quarta alta seguida na bolsa de Chicago, apoiado em dados sobre a demanda, mas pressionado pela queda do trigo. O contrato para março, o mais ativo, subiu 0,08% (0,50 centavo de dólar), a US$ 6,110 o bushel. A posição seguinte, para maio, caiu 0,04% (0,25 centavo de dólar), a US$ 6,1075 o bushel.

Mais cedo, a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informou que a produção americana de etanol subiu 4% na semana encerrada em 14 de janeiro, para 1,05 milhão de barris por dia. O desempenho ofereceu sustentação às cotações do milho, principal matéria-prima para a produção do biocombustível no país. O número superou a expectativa analistas ouvidos pelo jornal “The Wall Street Journal”, que projetavam algo em torno de 996 mil barris diários.

“As margens de produção de etanol à vista continuam lucrativas”, disse Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage. “Há alguma preocupação de que o aumento dos preços da energia comece a reduzir a demanda por gasolina, no entanto, isso pode realmente ajudar o etanol e ajudar a melhorar as margens de mistura”.

Por fim, o trigo passou por realização de lucros após fecharam em alta expressiva nas duas sessões anteriores. O contrato com entrega para março, o mais negociado, caiu 0,78% (6,25 centavos de dólar), a US$ 7,9025 o bushel, e a posição seguinte, para maio, recuou 0,69% (5,50 centavos de dólar), a US$ 7,9350 o bushel.

Apesar da queda, o mercado do trigo ainda encontra suporte no quadro de indefinição militar na fronteira entre Rússia e Ucrânia, dois grandes produtores do cereal. As negociações para desatar as tensões não avançam, o que fez os Estados Unidos declararem nesta semana que uma invasão russa poderia ocorrer “a qualquer momento”.

No entanto, com o decorrer dos dias e o mercado digerindo o impasse, a tendência é de que os operadores aguardem novos desdobramentos antes de voltarem às compras (ou ampliarem definitivamente as vendas). Outro fator que segue no radar é o tempo seco nas principais regiões produtoras dos EUA.

Fonte: Valor Econômico.

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