A aproximação do fim da colheita nos Estados Unidos pressionou os contratos futuros de soja e milho na bolsa de Chicago nesta terça-feira (27).
Os contratos futuros da oleaginosa para janeiro recuaram 0,65% (7 centavos de dólar), para US$ 10,765 o bushel, enquanto os lotes de milho para março de 2021 caíram 0,48% (2 centavos de dólar), para US$ 4,165 o bushel.
Segundo relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), divulgado na segunda-feira, a colheita de soja no país avançou 8 pontos percentuais na semana encerrada domingo e atingiu 83% do total. No mesmo período do ano passado, os trabalhos estavam em 57% e, na média das últimas cinco safras, 73%.
No caso do milho, o órgão americano mostrou que 72% da área total foi colhida até domingo, avanço de 12 pontos percentuais em comparação com a semana passada. A média dos últimos cinco anos é de 56% e, no ano passado, 38% da área havia sido colhida nesse mesmo período.
No Brasil, a chegada das chuvas permitiu que os trabalhos de plantio ganhassem força. “A precipitação é necessária pois repõe os níveis de umidade do solo”, acrescentou a o site especializado Farm Futures Group, em relatório diário.
No mercado de trigo, as cotações até iniciaram a sessão desta terça-feira em alta, mas mudaram de direção e caíram nesta terça-feira. Os lotes para dezembro recuaram 0,69% (4,25 centavos de dólar), para US$ 6,1575 o bushel.
Do lado dos fundamentos de oferta e demanda, a consultoria Marex Spectrum disse na segunda-feira, em relatório, que as chuvas no fim de semana nas planícies do sul dos EUA e a previsão estendida de chuvas na Rússia pressionariam o cereal.
Para o analista Andrey Sizov, da SovEcon, porém, a demanda por milho, principalmente da China, poderá fornecer suporte aos preços do trigo — ambos tem o mesmo uso na produção de ração para animais.
Fonte: Valor Econômico.